A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 289

A mulher não disse mais uma palavra, virou-se e saiu, ostentando uma postura altiva, como se fosse a vencedora da situação.

Fabiana passou por uma série de mudanças em sua expressão, que se alteraram várias vezes, até que, finalmente, baixou a cabeça, com a mão que estava ao lado do corpo fechada em um punho.

Depois de alguns instantes, ao soltar a mão, sua expressão já havia voltado ao normal.

Ao entrar no escritório, Fabiana ainda ostentava um sorriso doce.

Ela se sentou ao lado de Henrique, apoiou-se em seu braço e, com a voz suave e delicada, fez beicinho e disse: "Querido, quando você vai me apresentar à sua família como esposa? Quando vai ser a nossa cerimônia?"

Fabiana sempre acreditou que a doçura e o charme feminino seriam armas infalíveis contra qualquer homem.

Na família Santos, ela havia usado essa estratégia para fazer com que os irmãos Francisco e Márcio gravitassem ao seu redor.

Essas táticas também tinham se provado eficazes com Henrique no passado.

Henrique segurava um cigarro entre os dedos, sem fumar, deixando-o apenas queimar lentamente.

Ele sorriu de canto, como se tivesse ouvido algo divertido.

A razão pela qual ele permitiu que Fabiana se mudasse para os Sonhos Serenos não era para reconhecê-la como a Sra. Correia.

Era apenas uma maneira de mantê-la sob seu controle constante, para evitar que ela atrapalhasse seus planos.

Além disso, servia como uma forma de desabafar sua frustração.

E Fabiana, ingenuamente, acreditou que, ao conseguir uma certidão de casamento, ela realmente se tornaria a Sra. Correia.

Henrique olhou para baixo, rindo de forma debochada, com uma voz fria e distante: "Te apresentar para a minha família? Cerimônia de casamento? Fabiana, você está completamente fora da realidade. O que você tem agora? Nem talento, nem beleza. O que te faz pensar que pode se tornar a Sra. Correia?"

"Querida, é importante ter um pouco de autoconsciência. Não se iluda só porque eu te chamo de 'querida', isso não significa que você realmente seja uma. Para mim, você não passa de um brinquedo, e talvez… nem isso."

Após dizer isso, Henrique bateu as cinzas do cigarro no cinzeiro e, com um tom despreocupado, continuou: "Na verdade, até te aconselharia a aprender algo com sua irmã. Pelo menos ela tem algum talento e beleza. Você, depois de todos esses anos, não tem nada.

Além de ser boa em agradar aos outros e usar táticas de segunda categoria, só te resta um pouco de orgulho e autoestima inúteis."

Quando chegou a essa conclusão, o fôlego de Fabiana ficou pesado, mas, felizmente, seus longos cílios esconderam bem as emoções que dançavam em seus olhos.

Após essa realização, veio a sensação de derrota e humilhação.

A derrota de ter desperdiçado dez anos de sua juventude sem conseguir conquistar o coração de Henrique.

Era humilhante ainda ter esperanças nele, depois de tanto tempo sob seu controle.

Ela mordeu os lábios, cravando as unhas na pele, cheia de raiva. No intanto, era incapaz de expressá-la.

Embora não precisasse depender de Henrique para viver - ela poderia viver melhor que a maioria das pessoas com os 5% das ações do Grupo Matos que possuía - ela não estava disposta a ser inferior a Mônica e viver uma vida comum.

Ela estava determinada a se tornar a senhora da família Correia!

Henrique soltou uma risada suave ao ver os ombros de Fabiana tremendo levemente, como se algo perverso estivesse sendo satisfatoriamente realizado.

"Aliás, minha querida, haverá um jantar hoje à noite, e vou precisar que você me acompanhe."