A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 310

Na Cidade das Araucárias, Mônica teve de enfrentar Débora e logo percebeu que essa mulher não era do tipo que se deixava manipular com facilidade.

Ao contrário, Débora era astuta e muito inteligente, nada ingênua. Sabia exatamente o que queria e entendia bem o que era vantajoso para ela.

Rebeca e Ronaldo até poderiam enganar os outros, mas Débora não se deixava iludir tão facilmente.

Agora, ao alcançar o seu status, e ainda por cima manipulando ambos para conquistar tanto, certamente havia algo de muito importante em suas mãos.

Os dias de dor de cabeça para Rebeca e Ronaldo estavam só começando. Haveria muitos momentos de caos à frente para eles.

Isso provavelmente era o que chamam de "cada um tem o adversário que merece" - o mal encontra o mal.

Bruno não hesitou em concordar: "Deixe-me contar algo, Débora não só tentou se aproximar de Samuel, como também fez o mesmo com um amigo meu.

Eu cheguei a avisar Samuel. Pedi que ele ficasse de olho em Débora, pois ela tinha segundas intenções, mas ele simplesmente não acreditou. Naquele momento, eu já achava que não tinha mais jeito para ele."

"Durante os três anos em que ele ficou paraplégico, pensei que finalmente ele se acalmaria, mas, contra todas as expectativas, assim que recuperou o movimento das pernas, se envolveu novamente com Débora.

Qualquer um com olhos poderia ver, não era coincidência. Débora havia voltado por causa dele. O que ele está vivendo agora é a consequência das escolhas dele, não pode culpar ninguém.

A partir de agora, acho que Samuel só pode esperar viver sem grandes problemas, porque, no dia em que enfrentar alguma dificuldade, Débora provavelmente fugirá com o dinheiro dele no dia seguinte."

Ao final, Bruno não fez questão de esconder o prazer que sentia em ver a desgraça alheia.

Somente então Mônica percebeu que quando Bruno disse que não a tinha aconselhado a voltar, ele estava sendo sincero e não a havia enganado. Bruno já acompanhava os problemas de Samuel há muito tempo.

Ela ficou impressionada.

Depois de acompanhar a situação por tantos anos, não havia dúvida de que o entusiasmo de Bruno por fofocas era imbatível.

Depois, prepararia uns petiscos e uma cadeira, se acomodaria na porta e ficaria de olho nas novidades da família.

Mônica não julgou o comportamento de Bruno.

No entanto, enquanto refletia sobre o que ele acabara de dizer, uma ideia iluminou sua mente: "A Débora tentou se aproximar do seu amigo... Esse amigo, por acaso, não seria você, certo?"

Geralmente, quando alguém diz "um amigo meu" para contar uma história, na maioria das vezes, esse "amigo" é a própria pessoa.

Nos olhos de Bruno, um lampejo de pânico surgiu rapidamente.

Ele adorava fofocas, mas jamais queria ser o centro delas!

Apressadamente, ele gesticulou, tentando se defender: "Não! Claro que não! Isso não é verdade. Você está pensando demais..."