A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 316

"Eu sempre admirei profundamente as obras da Sra. Cruz e, além disso, tinha uma grande admiração pela própria Sra. Cruz."

Mônica ainda tinha muitas dúvidas, incluindo sobre a aliança de casamento e o presente de casamento, mas naquele momento, sentiu que não precisava fazer mais perguntas, pois Leonardo já havia lhe dado uma resposta positiva.

Mônica, um pouco relutante, perguntou: "Por que você gosta de mim?"

Era uma questão que Mônica não conseguia entender.

No mundo, o afeto nunca surge sem razão. Sempre há um motivo para alguém gostar de outra pessoa.

Assim como ela gostava de Leonardo, era porque ele possuía um talento extraordinário.

Mas ela não conseguia entender o que tinha que pudesse fazer Leonardo se apaixonar por ela.

No início, ela pensou que Leonardo tivesse se apaixonado à primeira vista, mas agora ela não acreditava mais nisso.

Apaixonar-se à primeira vista normalmente ocorre por conta da atração física, algo superficial.

Leonardo não parecia ser alguém tão superficial.

Leonardo, tocando suavemente seu rosto com os dedos, disse com seriedade: "Porque a Sra. Cruz é única. Tão única que não consegui evitar me apaixonar."

As pessoas sempre são atraídas por coisas excepcionais.

No começo, ele se limitava a observar Mônica, mas, conforme a conhecia melhor, seu interesse foi se transformando em uma mistura de ansiedade e simpatia, que com o tempo se consolidou em um afeto profundo.

Ela era única?

Mônica ficou ligeiramente atordoada.

Sem pensar, perguntou: "Você realmente me acha tão boa assim?"

Talvez os outros a vissem dessa forma, mas ela nunca se enxergara assim.

Mesmo Leonardo dizendo que ela era única, por dentro, ela ainda se sentia comum.

Leonardo assentiu com firmeza, dizendo: "Patrício Barcelo ensinou muitos estudantes, e você é aquela de quem ele mais se orgulha.

A Sra. Cruz participou de tantas competições de pintura tradicional desde pequena e sempre conquistou o primeiro lugar entre os competidores. Isso não é ser incrível?"

Mônica de repente sentiu seus olhos se umedecerem.

Mesmo que ela tivesse um talento incrível para a pintura desde criança, as vozes que ela ouvia ao seu redor não eram de elogios, mas de depreciação.

Isabela sempre franzia a testa ao vê-la, dizendo que ela não seguia as regras.

Eventualmente, a consciência de Mônica se dissipou, e ela se entregou, repousando a cabeça no pescoço de Leonardo. Seus braços se envolveram nele como se fossem ventosas, respirando de forma suave.

Era como se o ar tivesse sido completamente tomado dela.

Sem saber se era pela falta de oxigênio ou pelo cansaço que se apossava dela, ela logo adormeceu.

A luz suave da lua invadia o quarto, clareando a cena.

Leonardo, ao levantar os olhos, avistou os cabelos negros de Mônica espalhados, seu pijama frouxo, que deixava à mostra parte dos seus ombros, uma visão sedutora e levemente tentadora.

Seu corpo ficou tenso. Afinal, ele era um homem como qualquer outro. Diante de tal cena, dificilmente conseguiria manter o controle.

Em um flash, parecia que o sangue de seu corpo subia à sua cabeça, mas, com um esforço imenso, Leonardo conseguiu reprimir o desejo selvagem que ameaçava tomar conta de seu coração.

Mônica, ainda sem muito entendimento sobre questões amorosas, começava a aceitar suas intenções depois de tanto esforço.

Se ele agisse de maneira impulsiva, ansioso para avançar rapidamente, correria o risco de assustá-la.

Contudo, aquela situação ainda era um desafio para ele - difícil de suportar e lidar.

Durante todos esses anos, nunca havia experimentado uma dificuldade tão grande como naquele dia.