A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 333

Mônica, então, deu meia-volta e retornou ao seu quarto, sem a intenção de contar a Beatriz sobre a visita de Francisco.

Para ela, aquilo era um incômodo, e sabia que para Beatriz e os outros também seria.

Assim que Mônica voltou para o seu quarto, uma empregada entrou na casa principal e contou a Beatriz tudo em detalhes.

Quando Beatriz soube da hospitalização de Isabela, havia planejado visitá-la após o término do banquete de noivado.

Afinal, embora ela estivesse irritada com o comportamento de Isabela, elas eram irmãs de sangue.

Mas, quanto mais ela ouvia sobre a situação, pior ficava sua expressão, até que, finalmente, franziu a testa e disse à empregada:

"Ok, estou ciente. Pode se retirar."

Primeiro foi a Isabela dizendo que ela, como irmã mais velha, não estava sendo razoável.

Em seguida, Francisco interveio, insistindo de forma repetida que eles não passavam de estranhos, irracionais e parasitas. Por isso, não havia razão para se preocupar em visitar.

Só então que Beatriz percebeu que a família Santos não era apenas egoísta e gananciosa, mas também desprezível por intimidar os mais fracos.

Eles já haviam cortado relações com Mônica e agora estavam tentando coagi-la moralmente a cancelar seu banquete de noivado e o casamento em nome deles.

A falta de vergonha era inédita.

Nos últimos dias, muitos parentes próximos perguntaram por que o banquete de noivado de Mônica estava sendo organizado por sua família, e Beatriz sempre evitou essas perguntas.

Ela pensou em preservar um pouco da dignidade da família Santos, para que eles não fossem desprezados por esses parentes próximos.

Mas agora Beatriz achava que não havia necessidade, pois estava pronta para mostrar os feitos "gloriosos" da família Santos ao longo dos anos para esses parentes próximos durante seu banquete de noivado.

Luciana e Fábio também estavam na residência principal.

Luciana, com uma expressão indiferente, pegou as chaves do carro em uma gaveta do armário e disse: "Mamãe, vou comprar o café da manhã. A Mônica comentou ontem que queria comer o pastel de feira e o caldo de cana perto daquela velha residência."

Depois de falar, Luciana saiu sem olhar para trás.

Eram apenas seis horas da manhã, e não havia nada de errado em Luciana sair para comprar café.

Assim que a ligação foi atendida, antes mesmo que ele falasse, Luciana do outro lado da linha começou: "Francisco, onde você está? Preciso falar com você urgentemente."

Seu tom era calmo, sem sinais de raiva ou irritação, o que fez com que o peso no coração de Francisco diminuísse.

Talvez Luciana estivesse ligando apenas para tratar de um assunto urgente, mas ele ainda tinha a sensação de que aquela seria uma calmaria antes da tempestade.

Francisco lhe forneceu o endereço do hospital e o número do quarto antes de Luciana desligar o telefone.

Ela acelerou durante todo o trajeto, chegando rapidamente ao hospital onde Francisco estava.

Francisco já aguardava na calçada e, ao ver Luciana sair do carro com um olhar furioso, sentiu um calafrio percorrer sua espinha.

Ele tentou cumprimentá-la como se nada estivesse acontecendo, mas antes mesmo que pudesse falar, Luciana já havia levantado a mão e, com a velocidade de um raio, deu-lhe um tapa no rosto.

Quando Francisco se deu conta do que havia acontecido, tudo o que conseguiu ouvir foi o som de um estalo, seguido de uma sensação de dor ardente.

Mesmo ao ver a marca vermelha da mão no rosto de Francisco, Luciana ainda não ficou satisfeita.