A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 397

Os sentimentos e o casamento exigiam esforço de ambas as partes.

Foi como uma revelação, uma clareza repentina, Mônica percebeu um pouco tarde:

Durante todo esse tempo, foi Leonardo quem sempre tomou a iniciativa. Ela, por sua vez, havia sido extremamente passiva. Chegou a se sentir justificada em sua postura, acreditando que seu comportamento era o correto.

Mas o amor, assim como qualquer outro tipo de sentimento, não pode ser sustentado de maneira unilateral. A amizade, a família e o amor exigem reciprocidade e empenho de ambas as partes.

Sem dizer mais nada, Mônica entrou no quarto do hospital.

Aquele era um quarto VIP no hospital, a decoração era quase como a de uma casa comum:

Havia uma sala de estar, uma televisão e um sofá. O cômodo não tinha a frieza e a desolação de um cômodo comum, pelo contrário, era aconchegante e confortável à primeira vista.

Exceto pelos lençóis brancos e pelos equipamentos médicos frios ao redor da cama, que adicionavam um certo frio e desconforto à atmosfera aconchegante.

Felipe estava deitado na cama, enquanto Antônio e Fábio não estavam presentes.

Apenas Leonardo estava sentado em um banco à direita da cama, com as costas retas como um pinheiro.

O sol quente da tarde de inverno caía sobre seu rosto, dando um brilho caloroso à sua aparência serena e distinta.

À primeira vista, ele parecia calmo e nobre, como um escolhido de Deus.

Leonardo estava conversando com Felipe sobre coisas como o xadrez.

A atenção de Mônica estava quase toda voltada para Leonardo, e, quanto ao conteúdo da conversa ao redor, ela não conseguiu captar os detalhes.

Ela só conseguia ouvir sua voz suave e fluente, uma postura de conversação que tinha a calma e a confiança de um homem maduro.

Aquela confiança e calma, respaldadas por anos de experiência e conhecimento, eram suficientes para distinguir um homem do outro com facilidade.

E, ao mesmo tempo, a atração que um homem tão excelente conseguia exercer sobre uma mulher era inegavelmente fatal.

Ela não era exceção.

Desde o dia em que conheceu Leonardo, ela ficou encantada com sua confiança e calma.

Então, seu olhar involuntariamente começou a circular em torno de Leonardo.

Ela havia se concentrado em Felipe durante a maior parte do dia, negligenciando um pouco Leonardo.

Foi apenas naquele momento que ela se lembrou de que Leonardo esteve silenciosamente ao seu lado o dia todo.

Quando ela se sentia perdida, ele a puxava para si, resolvendo tudo com uma calma impressionante.

Não venha amanhã, está bem? Continuo bem robusto, não preciso que você venha me ajudar.

Você não está aprendendo a restaurar pinturas antigas com Arthur Monteiro? Você deveria ir estudar em vez de perder tempo aqui comigo. Não negligencie seus deveres por minha causa."

"Está bem. Vovô."

Mônica respondeu obedientemente.

Embora tenha respondido dessa forma, ela não achava que visitar o avô no hospital fosse uma perda de tempo.

Para ela, estar no hospital com seu avô também era importante.

Afinal de contas, seu avô a criou desde pequena, então ela tinha o dever de acompanhá-lo até a velhice, caminhando com ele até o fim de sua jornada.

Além disso, ela ainda é jovem, com muito tempo pela frente. Seja estudando pintura tradicional ou restaurando pinturas antigas, ela ainda tinha muito tempo.

O vovô estava envelhecendo, já com mais de oitenta anos. Na verdade, ele se encontrava na fase final de sua vida, no ápice da fragilidade. Não havia como saber quando ele poderia partir, a qualquer momento.

Como o membro mais jovem da família, cada dia com ele era um dia a menos.

Se ela tivesse que escolher entre as duas opções, não hesitaria em escolher a segunda.