A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 430

Aprendendo com a lição anterior, dessa vez Fabiana foi muito mais longe, até uma esquina deserta atrás do hospital, onde ligou para Henrique.

Assim que a ligação foi estabelecida, antes mesmo que Henrique pudesse dizer qualquer coisa, Fabiana começou: "Henrique, você poderia consultar seu médico de família e perguntar se há algum medicamento que um paciente de ataque cardíaco não pode tocar?"

Ao ouvir isso, Henrique franziu a testa do outro lado da linha: "Fabiana, você está louca? Não tem medo de ser pega?"

Fabiana era ingênua, mas ele não era. Se ele mencionasse isso a Fabiana, eventualmente os dois acabariam na delegacia de polícia, e ele definitivamente não estava disposto a fazer algo tão tolo.

Fabiana também percebeu que havia se precipitado, mas, ao refletir, não conseguiu encontrar uma solução melhor e simplesmente compartilhou o ocorrido com Henrique.

Ela perguntou: "Henrique, o que você acha que eu devo fazer agora?"

Com um tom indiferente, Henrique respondeu: "Se a condição dela piorar, se ela ficar fisicamente fraca ou extremamente desconfortável, ela não terá energia para continuar com isso."

Fabiana ficou em silêncio por um momento antes de responder: "Entendo."

De fato, enfraquecer Isabela não seria difícil.

Isabela estava deitada, com tubos por todo o corpo. Recém-saída de uma cirurgia, não podia se mover nem se alimentar. Passava a maior parte do tempo inconsciente, sustentando-se apenas por nutrientes intravenosos.

Bastaria mexer um pouco nesses nutrientes, sem causar a morte, apenas fazendo-a sofrer um pouco. Além disso, isso não teria muitas outras consequências.

Fabiana teve que admitir que, em termos de estratégia e consideração de todos os aspectos, ela realmente não era páreo para Henrique. Henrique era um verdadeiro conspirador, astuto e traiçoeiro!

Em seguida, Fabiana, com pressa para agir e sem vontade de falar mais, desligou o telefone rapidamente.

Quando Henrique ouviu o tom de ocupado após o término da ligação, ele apagou o cigarro no cinzeiro e um sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios.

Uma mulher que podia ser tão fria e cruel com seus entes queridos… ele não acreditava que ela pudesse ter sentimentos profundos por ele.

Sua voz era suave e sedutora, fazendo o coração de Mônica bater um pouco mais forte. Ela perguntou gentilmente: "Você esperou muito tempo?"

"Não, eu não esperei muito. Acabei de chegar e você ligou."

Mônica sentiu-se aliviada.

Absorvida em seu trabalho na bancada, Mônica só percebeu a chuva ao sair. Era uma garoa suave, que já caía há algum tempo, pois os degraus e caminhos, antes limpos pelo zelador pela manhã, agora estavam salpicados por pequenas poças d’água.

Pareciam pequenos pedaços de areia da praia, preenchidos pela água do mar.

Quando ela saiu, de fato viu um carro estacionado na beira da estrada, coberto por uma camada de névoa, dificultando a visualização da cor original, mas o chão embaixo estava limpo, sem chuva.

Leonardo era realmente um homem de palavra e, claramente, ele estava esperando ali mesmo antes de começar a chover.