A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 434

Mesmo sem beber, ele sentiu a necessidade de participar da diversão.

Os amigos de Samuel - todos amigos de festas - nunca apareciam quando se tratava de assuntos sérios. Mas bastava mencionar diversão e bebida e eles respondiam imediatamente ao chamado.

Em menos de vinte minutos, o grupo de amigos já estava reunido.

Entre piadas e risadas, várias garrafas de bebida foram esvaziadas.

Depois de algumas rodadas, Samuel começou a sentir os efeitos do álcool.

Foi então que um de seus amigos, aproveitando-se de seu estado de embriaguez, disse de forma despreocupada: "Sr. Machado, agora que o senhor vai se casar, finalmente deixou aquela subserviente para trás..."

Antes que ele pudesse terminar a frase, Samuel bateu o copo na mesa, com os olhos vermelhos de raiva: "Mônica não era uma pessoa subserviente!

O amigo que mencionou Mônica estremeceu, recuperando um pouco os sentidos por causa da embriaguez, e imediatamente ficou em silêncio.

Na frente desses amigos, Samuel sempre foi do tipo que aceitava qualquer piada com um sorriso. Somente naquele dia eles perceberam que Samuel também tinha seus limites.

E, para a surpresa de todos, esse limite era justamente a Mônica, a quem ele chamava de subserviente em tom de brincadeira.

O grupo olhou um para o outro em silêncio, completamente atônito, sem entender o que havia acontecido.

O silêncio ficou tão intenso no camarote que era possível ouvir um alfinete cair, e a atmosfera ficou estranhamente tensa.

Somente Bruno, que estava sentado no canto sem beber, estava observando Samuel calmamente e não pôde deixar de levantar uma sobrancelha.

Ah, que progresso.

Agora ele já era capaz de se enfurecer e arriscar tudo por uma mulher.

Mas qual era o objetivo? Mônica provavelmente só acharia graça se soubesse.

Logo, outra pessoa com mais tato mudou de assunto, e a atmosfera no camarote finalmente relaxou um pouco.

O grupo continuou bebendo e logo Samuel estava completamente bêbado e inconsciente.

Quando viram que Samuel estava bêbado, aqueles chamados "amigos" começaram a sair um por um, desaparecendo rapidamente. No final, apenas Bruno permaneceu no camarote.

Era claro que não foi para a Mônica.

Afinal, Mônica estava naquele momento na Ilha da Pedra Pintada, e levaria três horas para chegar à Cidade das Araucárias. Além disso, Mônica era casada. Bruno estava bem ciente dessa realidade.

Assim que a ligação foi atendida, Bruno disse com um sorriso irônico: "Amiga, você pode vir buscar o Samuel no Luxo da Lagoa Clube? Ele bebeu demais. Tentei levá-lo para casa, mas ele insiste que você venha."

Do outro lado, houve uma resposta positiva, e logo a chamada foi encerrada.

Quinze minutos depois.

Débora apareceu na porta do camarote, sorridente e confiante.

Depois de agradecer a Bruno, ela se aproximou de Samuel, tentando ajudá-lo a se levantar.

Foi só quando ele se aproximou que viu Samuel segurando uma garrafa de bebida, beijando-a e chamando o nome de Mônica.

O sorriso de Débora congelou instantaneamente em seu rosto.