A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 448

Cláudia e Eduardo consideraram que a relação entre as duas famílias poderia ser irrelevante, mas ele, seu irmão, não poderia simplesmente ignorar a situação.

Ele pensou em ligar para Rebeca ou Ronaldo, mas como eles eram mais velhos, parecia inapropriado para ele, sendo mais jovem, questioná-los diretamente.

Por fim, ele decidiu chamar Samuel, que era da mesma geração.

Quando o telefone foi atendido, Pedro começou de forma incisiva: "Samuel, o filho que a Débora está esperando também é seu, como você teve coragem de fazer uma coisa dessas?"

Do outro lado da linha, Samuel riu friamente: "Primeiro pergunte à Débora o que ela fez."

"Quando fiquei paralítico há três anos após um acidente de carro, Débora me deixou sem olhar para trás. Foi a Mônica que ficou ao meu lado durante esses anos sombrios. E agora que minhas pernas se recuperaram, Débora voltou ao Brasil de propósito, na época do meu aniversário de três anos com a Mônica, para me seduzir, me drogar, destruir meu relacionamento e até mandou mensagens para a Mônica para provocá-la!"

"Por que a Débora não tem que fazer nada e pode desfrutar tranquilamente do trabalho de outras pessoas? Será que a família Gomes ensina a Débora a roubar as conquistas dos outros?"

Pedro, inicialmente agressivo, ficou sem palavras quando ouviu isso.

Como irmão de Débora, ele conhecia bem o temperamento dela. Ele sabia que Débora não queria cuidar de Samuel quando ele ficou paralítico, achando que ele seria um fardo, e partiu para o país A. Na época, ele até apoiou a decisão dela internamente, embora suas palavras sugerissem o contrário.

Afinal, ninguém queria que sua irmã se casasse com alguém com uma deficiência permanente, pois isso afetaria a reputação da família. Mas quem poderia prever que Samuel, que os médicos disseram que nunca mais voltaria a andar, se recuperaria totalmente após três anos?

Sabendo que Débora estava errada nessa situação, ele não conseguiu responder.

Em uma voz fria, Samuel continuou: "Foi ela mesma que provocou isso."

O médico hesitou por um momento: "Pode ser congênito, embora a probabilidade seja baixa. Também pode ser devido a vários abortos anteriores. Há várias causas possíveis, mas não podemos descartar outras."

Embora o médico tenha sido gentil em suas palavras, Cláudia não era ingênua e entendeu a insinuação. Com um suspiro profundo, ela ficou sem palavras, visivelmente envergonhada.

O rosto de Pedro ficou completamente escuro.

Ele sabia que Débora não se valorizava, mas não podia imaginar que ela perderia completamente o respeito por sua família.

Sentindo o olhar peculiar da enfermeira sobre eles, Pedro apertou os lábios, não disse nada e simplesmente se virou para sair.