A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 460

Mas agora, Débora parecia ter perdido a memória, não ouvindo uma única palavra do que ele dizia.

Ele se lembrava de que Débora era sempre tão dócil e obediente no passado, sempre seguindo o que lhe era dito. Como ela pôde mudar tanto até agora, parecendo ser outra pessoa?

Débora permaneceu em silêncio.

Ela lutava contra a vontade de gritar no telefone, contendo sua raiva.

Afinal, explodir pelo telefone só iria resultar em berros e gritos que a deixariam ainda mais frustrada, sem nenhum efeito prático. Afinal ela não poderia tocar nele ou acertá-lo pelo telefone.

Finalmente, ela começou a falar após respirar fundo várias vezes: "E sobre a visita de amanhã aos meus pais?"

Samuel arqueou as sobrancelhas, com um tom inevitável de sarcasmo na voz: "Débora, já que você conseguiu usar de todos os artifícios para se casar com nossa família, isso mostra que você é tanto inteligente quanto hábil.

Dizer que uma pessoa tão inteligente e habilidosa como você, com certeza encontrará uma maneira de lidar com eles, afinal, é apenas uma questão de enganar um pouco seus pais, o que deve ser a coisa mais fácil do mundo para você. Portanto, pense em uma solução para essa visita."

Quando terminou de falar, Samuel soltou uma leve risada extremamente sarcástica.

Débora sentiu a raiva aumentar a ponto de quase explodir, e sua respiração tornou-se ofegante.

Agora, com o casamento com Samuel já realizado, ela não precisava mais suportar o mau humor de Samuel.

Com o rosto vermelho de raiva, Débora estava prestes a explodir em xingamentos—

Assim que abriu a boca, ouviu o som inesperado de uma chamada sendo encerrada antes que pudesse pronunciar o nome "Samuel", seguido pelo sinal de ocupado "bip, bip, bip".

Samuel havia desligado o telefone!

Débora rangeu os dentes, apertando o celular com força.

Samuel estava ocupado com o trabalho e não fazia sentido ela ir sozinha, então eles não iriam mais visitar os pais no dia seguinte.

Afinal, não era culpa dela; Eduardo e Cláudia não poderiam culpá-la.

Depois de acertar com um diretor interessado em trabalhar com ela para um teste no dia seguinte, Débora jogou o celular de lado, aplicou uma máscara facial e foi dormir.

Enquanto dormia, o toque do celular soou abruptamente; era uma chamada do número de Samuel.

Ao atender, a voz do outro lado não era de Samuel, mas de um amigo íntimo dele, que também era bem próximo dela.

"Débora, o Samuel bebeu demais e agora está dormindo no sofá.

Ele veio dirigindo sozinho e não trouxe um motorista. Não seria adequado contar isso aos seus sogros; é melhor você vir buscá-lo."