A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 48

Leonardo soltou uma risada leve: "Mesmo que você engorde três quilos, não fará tanta diferença."

"Meu avô sempre diz a mesma coisa como você. Ele vive me dizendo para comer mais, que uma ou duas mordidas a mais não farão diferença.

E assim, eu fui me perdendo nessas palavras. Hoje uma mordida, amanhã outra, até que fiquei bem cheinha."

"Mesmo na época em que estava mais cheinha, você não estava tão gorda assim."

Naquela época, Mônica só poderia ser descrita como um pouco mais encorpada do que agora.

Seus braços e pernas continuavam finos, e apenas o rosto carregava um pouco da fofura infantil, o que a deixava com uma aparência adorável e inocente, como uma boneca de pano.

Mônica ainda não tinha percebido o ponto importante, e retrucou sem pensar: "Como assim, não estava tão gorda? Naquela época, eu era a mais cheinha entre as meninas da minha turma."

Foi só depois que falou que ela se deu conta do deslize: "Espera, como você sabe disso? Você já me conhecia naquela época?"

"Naquela época, seu cabelo era curto, nunca passava dos ombros."

"Você sempre chegava à escola no último segundo antes do sino, correndo como se estivesse numa corrida de cem metros."

"Você não tirava sonecas ao meio-dia. Sempre escapava para desenhar, às vezes no estúdio, às vezes ao lado da quadra de basquete, sob a árvore de fênix, ou às margens do Lago dos Namorados."

A voz de Leonardo era baixa, enquanto ele narrava suas memórias como quem desfia lembranças preciosas.

O ensino médio e o fundamental da Ilha da Pedra Pintada ficavam no mesmo campus.

Se alguém prestasse atenção suficiente em outra pessoa, não seria difícil acompanhar seus passos.

Só que o que Leonardo não mencionou foi que…

Ele conhecia Mônica muito antes daquela época.

Mônica ficou boquiaberta, surpresa: "Como você sabe de tudo isso?"

Leonardo simplesmente respondeu, tranquilo: "No Colégio da Ilha da Pedra Pintada, quando se falava do génio do ensino fundamental, todos sabiam de quem se tratava. Tudo isso foi o que ouvi por acaso."

Os pensamentos de Mônica vagaram.

Ela começou a aprender pintura tradicional com Patrício aos oito anos, e aos treze já havia ganho muitos prêmios, sendo reconhecida na escola.

Mas, mesmo sendo um prodígio, seu brilho estava focado em uma única área, e em outras faltava dedicação.

Naquela época, Mônica estava totalmente imersa na pintura e, por isso, seu desempenho escolar era mediano.

Especialmente em matemática, onde estava entre os últimos da turma.

No Colégio da Ilha da Pedra Pintada, onde o estudo era altamente valorizado e muitos alunos se destacavam, Mônica, que dedicava seu tempo e energia à pintura, parecia estar negligenciando os estudos.

Ela se lembrava que foi a partir desse momento que a atitude da família Santos em relação a ela mudou drasticamente.

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Enquanto isso.

Na Cidade das Araucárias.