A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 565

Quando Márcio estava cheio de indignação, o carro voltou e parou novamente diante dele.

Márcio ficou animado, será que Mônica havia se arrependido tão rapidamente?

Ele se endireitou, pensando com um ar de superioridade que, mesmo que Mônica se arrependesse e pedisse desculpas, ele jamais a perdoaria tão facilmente!

Quando a janela do carro se abriu, Márcio cruzou os braços, em silêncio, esperando que Mônica se desculpasse.

No entanto, no momento seguinte, Mônica disse: "Esqueci de te dizer, por mais que você me implore, eu não vou interceder por você. No futuro, resolva essas questões por conta própria e não venha mais me importunar, sem vergonha.

Você sempre me disse que, quando se incomoda os outros, eles acabam desgostando de você. Essas foram suas palavras, então é melhor que você as lembre."

Mesmo que Leonardo tivesse retirado o carro, Mônica deveria ter partido junto. Porém, ela sentiu que, se não dissesse isso a Márcio, ficaria desconfortável, o que poderia até lhe tirar o sono.

Por isso, pediu a Leonardo que voltasse com o carro para dizer aquelas palavras.

"Você..."

Uma sombra de constrangimento passou rapidamente pelo olhar de Francisco, que ficou tão embaraçado que não conseguiu responder, como se tivesse levado um tapa no rosto, ardendo de vergonha.

Mônica voltou apenas para dizer aquelas palavras.

Depois de falar o que tinha para dizer, ela levantou o vidro do carro, permitindo que Leonardo dirigisse.

Leonardo ligou o motor e rapidamente deixou Márcio para trás.

Até que a figura de Márcio se tornou um pequeno ponto preto, desaparecendo de vista.

Só então Mônica se virou para Leonardo e perguntou: "O que é isso sobre o projeto que Márcio mencionou?"

Ela tinha uma intuição de que essa questão estava relacionada a ela, caso contrário, Márcio não teria vindo procurá-la para pedir ajuda.

Além disso, naquela tarde na Alameda dos Hibiscos da família Matos, ela e Márcio já haviam tido um desentendimento.

A voz de Leonardo era tranquila.

Mônica sorriu, desejando abraçá-lo.

Mas, separada por um banco, não conseguiu.

Seus olhos, cheios de ternura, pousaram sobre ele, enquanto seu coração se enchia de felicidade.

Talvez isso fosse o verdadeiro significado do amor.

Muitas palavras não precisavam ser ditas, pois o outro sempre entendia, além de proporcionar segurança e resposta, algo que ela nunca havia experimentado durante os três anos que passou no Jardim de Gaivota.

Já era tarde quando chegaram em casa, e como no dia seguinte precisariam ir para toda a cidade, Mônica começou a fazer as malas imediatamente.

O itinerário específico já havia sido enviado por e-mail pelo organizador do evento, então ela não precisava planejar nada, apenas seguir o cronograma enviado.