A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 589

O vendedor parecia ser um homem de meia-idade, com cerca de quarenta anos, vestindo uma jaqueta de algodão preta. Sua aparência era de alguém honesto e trabalhador, com pele bronzeada e mãos calejadas, evidenciando seu passado de muitos anos trabalhando na terra como agricultor.

Mônica perguntou a ele: "Quanto custa?"

"Dez mil."

Luciana, surpresa, exclamou: "Meu Deus! Só um pedaço de papel velho, dez mil!"

O homem de meia-idade explicou: "Isso não é um pedaço de papel velho. Originalmente, era uma pintura da era Ming feita por Ismael Pinto, um tesouro de família passado desde os tempos do bisavô do meu avô. Foi parcialmente destruída por um incêndio, mas se você souber restaurar ou conhecer alguém que possa, pode levá-la."

"Se você puder restaurar, ou se tiver alguém que possa, ela valeria muito mais do que isso, não apenas milhões, mas talvez centenas de milhares. Se não acredita, pode perguntar por aí."

Luciana olhou novamente para a pintura. "Mas ela está tão danificada pelo fogo. Mesmo que haja alguém que saiba como restaurar, será que realmente pode ser consertada?"

Luciana estava apenas sendo franca.

Afinal, a pintura estava realmente em péssimo estado, com marcas de queimadura visíveis em toda a superfície.

Para alguém comum, parecia que a pintura estava arruinada, apenas um pedaço de papel queimado, algo que somente um milagre poderia restaurar à sua forma original.

Vendo que as duas mulheres estavam interessadas, o homem não se incomodou em continuar a conversa com Luciana: "Isso pode ser restaurado. Não se deixe enganar pela aparência queimada; o núcleo da pintura ainda está intacto.

Mas nós, pessoas comuns, não conseguimos fazer isso. Se você encontrar alguém que possa, tudo pode ser consertado. Contudo, os custos para restaurar isso não são baixos e eu não tenho esse dinheiro, por isso estou vendendo por um preço mais baixo."

Mônica pegou, abriu e deu uma olhada. Lá estavam registradas as informações detalhadas da pintura antiga, junto com fotos e o carimbo de uma instituição de autenticação profissional.

Embora a pintura estivesse queimada e não fosse possível ver sua totalidade, pelos cantos ainda era possível identificar que era a mesma da foto.

Com a origem confirmada, Mônica ficou mais tranquila.

O homem está vendendo ali há mais de um mês, durante o qual seu estande não recebeu muita atenção. Mesmo quando alguém parava para perguntar, ao ouvir o preço, simplesmente se afastava.

Muitos, assim como Luciana, ficavam chocados, dizendo que ele estava louco por querer dez mil por um pedaço de papel queimado, como se estivesse assaltando um banco.

Finalmente, encontrando alguém que reconheceu o valor da peça, ele falou mais do que o habitual, desabafando: "Esta pintura originalmente valia muito. Eu pretendia guardá-la para o casamento do meu filho. Mas minha esposa ficou doente, com a mente um pouco confusa, e recentemente a colocou no fogo como lenha."