A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 61

Na mesma hora, no Condomínio Parque das Acácias.

Após jantar e desejar boa noite a Leonardo, Mônica retornou ao seu quarto.

Ela pegou o celular para ver o Facebook e notou que a publicação feita mais cedo já havia recebido várias curtidas e comentários.

Eram mensagens de felicitações de antigos colegas e amigos, incluindo Leonardo, que, mesmo sem comentar, havia curtido a publicação.

Mônica respondeu a cada um dos comentários.

De repente, notou um comentário de Francisco misturado aos demais, quase despercebido.

Mônica ergueu ligeiramente as sobrancelhas e decidiu ignorar o comentário, passando direto por ele.

Depois de responder a todos os outros, estava prestes a sair do Facebook quando viu uma nova publicação atualizada no topo da página.

Era uma postagem de Leonardo.

A foto era a mesma que Mônica usara em sua própria publicação,

e a legenda era breve: "Apresento-lhes a minha Sra. Cruz, Mônica Santos."

Poucas palavras, mas claras e decisivas.

Mônica sentiu uma onda de calor no coração, um misto de emoções intensas, com uma sensação de valorização e certeza.

Era como se cada gesto tivesse encontrado uma resposta, como se cada momento fosse uma conclusão sólida.

Ela ficou observando a publicação de Leonardo por um bom tempo, até que, contendo a emoção que lhe preenchia o peito, curtiu a postagem.

Ao mesmo tempo, uma notificação surgiu na tela.

Quase instintivamente, Mônica clicou para verificar. Alguém havia curtido sua publicação, mas era um contato que ela não reconhecia.

O avatar era completamente preto, e o nome de usuário estava em branco.

Mônica ficou levemente intrigada, pois não se lembrava de ter adicionado pessoas desconhecidas.

Ela só mantinha contatos de colegas e amigos próximos, sempre anotando os nomes para evitar confusões caso alguém mudasse o usuário ou a foto de perfil.

Ao ler essas palavras quase ofensivas, Mônica permaneceu serena, sem deixar transparecer qualquer sinal de irritação.

"O maior arrependimento da minha vida foi ter te puxado da água…"

Samuel de fato a havia salvado naquela época.

Pensando bem, o que ela sentia por Samuel nos últimos três anos não era amor, mas um senso de dever, a ideia de que lhe devia a vida.

Por isso, mesmo quando Samuel ficou paraplégico, ela não hesitou em permanecer ao seu lado.

Por isso, apesar de ter suportado tantas dificuldades na família Machado nos últimos três anos, nunca cogitou ir embora.

Mas agora, a dívida de vida que sentia com Samuel estava quitada.

Samuel, com as pernas paralisadas e o espírito abatido, tentou tirar a própria vida várias vezes, mas foi ela quem sempre percebeu a tempo e o salvou.

Se não fosse pelo cuidado dedicado dela nesses últimos três anos, pela sua presença constante e incansável, as pernas de Samuel já teriam se deteriorado completamente.