A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 641

Henrique estava com o rosto carregado de uma fúria silenciosa e assustadora, fazendo com que Fabiana permanecesse encolhida e em silêncio durante todo o trajeto.

Ao entrarem no elevador, a atmosfera se tornou ainda mais sombria, como uma tempestade prestes a desabar.

Fabiana não conseguiu se conter e tentou mais uma vez se justificar. "Henrique, eu realmente só queria explicar para Natália sobre a criança que estou esperando... que não é sua."

Natália tinha sido fria e indiferente com ele, e Henrique já estava cheio de raiva.

O comentário de Fabiana foi a gota d'água, e Henrique não conseguiu segurar sua ira.

Antes que Fabiana pudesse terminar, Henrique levantou a mão e deu-lhe um tapa forte no rosto.

O som seco ecoou no espaço fechado do elevador, reverberando por vários segundos.

Fabiana sentiu o calor e, em seguida, uma dor intensa, como se fossem agulhas cravando em sua pele.

Com o rosto ardendo, ela instintivamente cobriu a face com a mão, olhando para Henrique com medo e incredulidade.

"Por que você me bateu? O que eu fiz de errado?"

Henrique abaixou a mão, limpando despreocupadamente uma poeira inexistente da roupa, com uma expressão de frieza e desdém.

Seu olhar gelado caiu sobre Fabiana e, com tranquilidade, ele disse, "Não se faça de desentendida, você sabe muito bem o que fez."

"Eu já te avisei várias vezes para não incomodar Natália. Se você ousar fazer isso de novo, não será só um tapa."

Sua voz era fria, carregada de um desprezo evidente.

Fabiana mordeu os lábios, seus dedos apertados até ficarem brancos.

Ela abaixou os olhos, cheios de ressentimento e raiva contida.

O assistente e o motorista estavam esperando do lado de fora do hospital.

Henrique estava tão desgostoso com Fabiana que se recusava a dividir o mesmo carro com ela.

Com o peito arfando de raiva, ela só pôde assistir o carro se afastar, impotente.

Dentro do carro, Henrique subiu o vidro da janela, observando friamente Fabiana pelo retrovisor.

Então, ele desviou o olhar.

Natália tinha mania de limpeza, e ele sempre mantinha lenços de álcool no carro para higienização.

Henrique pegou um dos lenços e começou a limpar as mãos repetidamente.

Nunca ele havia sentido tanto repúdio por Fabiana como naquele momento.

Antes, embora não gostasse de Fabiana, ele não chegava a desprezá-la, até tinha certa simpatia por ela.

Afinal, se a desprezasse, não teria passado tanto tempo ao lado dela, nem investido esforço, a ponto de planejar e passar uma noite com ela.