A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 643

Henrique ficou em silêncio.

Depois de um longo tempo, ele finalmente falou, "Mãe, quero acabar com a Fabiana."

Se não fosse pela Fabiana, ele não teria perdido a confiança de Natália repetidas vezes.

Valéria ficou surpresa por um momento, mas seus olhos logo se encheram de raiva.

Ela começou a entender que Fabiana estava novamente manipulando Henrique com questões passadas.

Realmente era o cúmulo, parecia que ela não tinha noção de seus próprios limites, primeiro manipulando Valéria, depois seu filho.

Na verdade, Valéria também queria resolver a questão com Fabiana, mas a primeira tentativa falhou, o que tornava qualquer nova ação mais complicada.

Ela se acalmou, refletiu por alguns instantes e, com grande paciência, perguntou novamente, "O que aconteceu exatamente? A Fabiana te ameaçou de novo?"

"Sim, ela me ameaçou com o que aconteceu da última vez, me obrigando a acompanhá-la ao hospital para uma revisão."

Henrique explicou tudo desde o início, mas optou por não mencionar o encontro com Natália no hospital, considerando a opinião que Valéria tinha sobre ela.

Valéria estava furiosa por dentro.

No entanto, naquele momento, ela conseguia discernir o que era prioritário.

Ela não queria correr riscos, nem queria que Henrique se arriscasse.

Por fim, ela falou calmamente, "Não fique irritado por causa de uma mulher como essa, não vale a pena. Se acabar com ela, pode acabar assumindo responsabilidades legais que destruiriam sua vida."

"Em vez de acabar com ela, é melhor fazê-la... desejar não ter nascido."

Valéria concluiu com significado oculto, olhando para Henrique.

Henrique, sempre perspicaz, entendeu imediatamente o que Valéria queria dizer.

Fazer Fabiana desejar não ter nascido significava expô-la ao ridículo, mostrar à família Santos sua verdadeira face, deixá-la sem apoio de ninguém.

Para Fabiana, isso poderia ser pior do que a morte.

Henrique refletiu por um momento, seus olhos brilharam com determinação.

Sem dizer mais nada a Valéria, ele tranquilamente secou as mãos com uma toalha.

Pegou o telefone do bolso e ligou para o número de seu assistente.

*

No inverno de Ilha da Pedra Pintada, escurecia cedo, e mesmo sendo apenas cinco da tarde, o céu já estava ligeiramente sombrio.

Fechou os arquivos abertos, levantou-se e saiu.

A empresa ficava a uma distância razoável de Enseada dos Coqueiros, cerca de cinco quilômetros.

Coincidiu com o horário de pico, o que atrasou um pouco, e levou cerca de vinte minutos para Márcio chegar à Enseada dos Coqueiros.

Antes mesmo de entrar no portão do condomínio, ele avistou de longe uma figura familiar.

Uma mulher frágil sentada em uma cadeira de rodas, cercada por alguns jovens de cabelo tingido de amarelo, com aparência desagradável.

Era Fabiana.

Márcio franziu a testa.

Fabiana sempre foi correta e bem-comportada, como ela poderia estar associada a essas pessoas?

Por um momento, Márcio não conseguiu entender a relação entre Fabiana e aqueles indivíduos, então apenas parou o carro e observou de longe.

Fabiana havia acabado de chegar em casa quando recebeu uma ligação de um número desconhecido.