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A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 765

“Aliás, sua mãe veio me procurar nestes últimos dias.”

Ao mencionar Isabela, o sorriso de Mônica ficou um pouco rígido.

“Eu sei disso. Luciana Oliva também comentou rapidamente comigo sobre esse assunto.”

“Sim. Ela veio pedir que eu intercedesse para que você a perdoasse. Pediu até que eu falasse com você.”

“Vovô, o senhor acha que eu deveria perdoá-la?”

Felipe balançou a cabeça. “Não deveria perdoar, e eu disse isso a ela na ocasião. Falei sobre quando você, anos atrás, fez de tudo para se aproximar dela e como ela te tratou. Nos três primeiros anos, o quanto ela te desprezou. E quando ela te pediu para abrir mão das ações do Grupo Matos, o tipo de postura que assumiu.”

“Ela fez todas as coisas que mais magoam, e agora quer voltar atrás e pedir seu perdão. Não existe nada tão fácil assim neste mundo.”

“A única verdade absoluta neste mundo é: seja o que for, bens ou sentimentos, se perdeu, está perdido para sempre. Não existe a menor possibilidade de voltar atrás.”

Mônica sentiu uma gratidão tão grande que não conseguiu expressar em palavras.

O avô estava deixando tudo claro para ela, mostrando sua posição, para que ela pudesse ficar tranquila.

Estava deixando claro—

Que, não importava o que acontecesse, ele sempre estaria ao lado dela. Não iria defender Isabela só porque ela era sua filha.

Só depois de um bom tempo, Mônica disse: “Obrigada, vovô.”

O avô lhe afagou a cabeça e sorriu, bem-humorado. “Menina boba, por que agradecer? Veja bem, estou apenas sendo justo. Quem errou precisa arcar com as consequências. Mesmo que seja minha filha de sangue.”

“Aliás, ela é minha filha biológica, e você minha neta. E, para falar a verdade, te acompanhei desde pequena, então meu sentimento por você é até mais próximo do que com ela.”

Os olhos de Mônica ficaram úmidos.

Felipe não conseguia vencer Leonardo; depois de tantas derrotas, ficava frustrado. Muitas vezes, tentava desfazer jogadas ou fazia manha, só sossegando quando Leonardo deixava que ele ganhasse.

Naquele momento, Felipe estava justamente tentando desfazer uma jogada, acenando com a mão sem nem olhar para trás.

Já era meados de junho, a época mais fria do ano em Ilha da Pedra Pintada. Mesmo com o sol brilhando forte no céu, o vento que soprava trazia consigo um frio cortante.

Mônica não se afastou muito, apenas caminhou pelo jardim em frente à casa.

O jardim da frente tinha sido todo cuidado pessoalmente pela avó em vida, plantado com magnólias, hortênsias, calicantos, ginkgos, bambus — em todas as estações, havia sempre uma paisagem diferente.

O que mais havia ali eram bambus.

Talvez por estar em um lugar cheio de memórias, sentimentos que raramente surgiam acabaram aflorando em seu coração.

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