A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 824

Na proximidade quase tangível, as respirações podiam ser ouvidas claramente, e ela ainda conseguia sentir o calor do seu hálito em seu rosto. Onde suas peles se tocavam, parecia que uma corrente elétrica sutil passava.

O calor era tão intenso que ela não pôde evitar prender a respiração, sua pele tremia levemente, e até o fundo de seu coração estremecia.

Ela nunca se acostumara ao toque dele; na verdade, continuava tão sensível quanto da primeira vez.

Reprimindo a inquietação em seu coração, ela não pôde deixar de apressá-lo: “Já limpou?”

“Ainda não, parece que não sai.”

A mão de Leonardo acariciou seus lábios com delicadeza.

Ela pensou que fosse uma mancha deixada por uma sobremesa, algo difícil de remover só com a mão. Instintivamente, Mônica quis pegar um lenço umedecido.

Mas, no instante seguinte,

O beijo de Leonardo veio sem qualquer aviso.

Ele inclinou-se e beijou o canto dos lábios dela, depois seguiu a linha da boca para mordiscar seus lábios, beijando-os suavemente.

O hálito masculino a envolveu, intenso e terno ao mesmo tempo. A mente de Mônica ficou enevoada, como se lhe faltasse ar, e ela apenas se deixou beijar passivamente.

Quis empurrá-lo, mas não encontrou forças; todo o seu corpo, até mesmo seus ossos, parecia derreter, como se tivessem drenado sua energia, deixando-a incapaz de resistir.

Apenas sua mente teve um lampejo de lucidez—

Talvez nunca houvesse nada em seu rosto; tudo aquilo era apenas uma desculpa de Leonardo para beijá-la.

Provavelmente, o caminho que ela mais percorrera ultimamente era o das artimanhas de Leonardo.

Desde ontem, Leonardo já queria beijá-la assim, livremente. Ao vê-la, só pensou em apertá-la em seus braços, fundi-la em seu ser. Mas, ao vê-la exausta, não teve coragem de cansá-la ainda mais, afinal, ela acabara de chegar, vinda de longe.

Agora, finalmente realizava seu desejo.

“Hoje, o sabor da Sra. Cruz está doce, doce como mel.” Ele segurou a mão dela, entrelaçando os dedos, mordiscando suavemente seus lábios.

Ela viera à Serra dos Papagaios por impulso; do momento em que decidiu até o embarque, não se passou nem uma hora. Não pensara em passeios, só queria vê-lo; por isso, não havia feito nenhum roteiro turístico.

Na verdade, nem sabia o que havia de interessante na Serra dos Papagaios.

“Então, vamos caminhar um pouco por aqui, só para espairecer.”

Mônica precisava voltar para Ilha da Pedra Pintada à tarde; visitar algum ponto turístico seria apressado demais. Era melhor caminhar pelos arredores.

Foi então que o celular de Mônica apitou repentinamente com uma notificação.

Era uma localização enviada por Bruno, acompanhada de uma mensagem.

A mensagem era curta, com apenas algumas palavras:

“Tem confusão acontecendo, venha rápido!”