A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 98

Mônica finalmente entendeu o motivo pelo qual Felipe sempre elogiava a índole da família Cruz.

Cada membro da família Cruz era exemplar, mas todos eram humildes e corteses, sem demonstrar superioridade.

O convívio entre eles era marcado por respeito e harmonia entre irmãos e cunhadas.

Não havia divisão nem conflitos entre os irmãos da grande família, muito pelo contrário, todos se uniam em momentos cruciais.

Como na ocasião em que souberam da visita de Mônica, todos fizeram questão de retornar de seus afazeres, inclusive aqueles que estavam fora, chegando a pegar voos noturnos de volta para Ilha da Pedra Pintada.

Após conhecer todos e se sentir mais à vontade, Mônica acabou recebendo quase dez envelopes repletos de dinheiro.

"Mônica, sua prima Daniela estudou pintura tradicional por alguns anos. Ao saber que você é discípula direta de Patrício, ela expressou o desejo de trocar experiências com você. O que acha?" - André se aproximou com um sorriso.

Diante do pedido de André, Mônica não teve como recusar: "Claro que sim."

Ela se lembrava de Daniela, a prima de Leonardo, que também era a mais velha da família nas gerações de jovens.

Com seus cabelos longos até os ombros e levemente ondulados nas pontas, Daniela exalava uma elegância e serenidade notáveis.

A impressão que Mônica tinha de Daniela era marcante, especialmente porque um dos envelopes de dinheiro havia sido dado por ela.

André, contente, confirmou: "Então está combinado."

Assim que terminou de falar, André aproveitou um momento de distração para piscar discretamente na direção de Leonardo.

Daniela, por sua vez, ficou confusa com a menção repentina, sem entender o que estava acontecendo.

Ela não lembrava de ter dito tal coisa, mas imaginou que André queria que Mônica se sentisse acolhida e adaptada à família o quanto antes, então não comentou nada.

A expectativa era visível no rosto de todos presentes.

De fato, Daniela era conhecida no país por seu blog sobre pintura tradicional.

E agora, Mônica, conhecida como discípula direta do "mestre da pintura tradicional" Patrício, estava ali.

Todos estavam curiosos para saber quem se destacaria.

Rafael, com sua expressão séria, também demonstrava expectativa.

Ele sempre ouvia Leonardo elogiar Mônica, destacando seu talento excepcional e excelência.

Agora, ele estava ansioso para ver o quão talentosa Mônica realmente era.

A competição foi marcada para acontecer no pátio.

Havia duas mesas de pedra que poderiam ser usadas como mesas de desenho após serem cobertas com feltro.

Ao ver Francisco, Márcio se agarrou a ele como se fosse sua salvação.

"Francisco, finalmente você voltou. Temos um problema!"

Depois que Mônica parou de atender suas ligações, Márcio não conseguiu mais se concentrar no trabalho.

Normalmente dedicado a horas extras, hoje Márcio havia voltado para casa mais cedo, esperando se desculpar com Mônica. Mas, sem sucesso em suas tentativas de contato, ele se sentia completamente impotente.

Somente no final, ocorreu-lhes que Francisco poderia ter uma solução, por isso esperaram por ele especialmente na entrada, até que Francisco voltasse do trabalho para casa.

Logo em seguida, Márcio contou a Francisco tudo o que havia acontecido na família Oliva, detalhadamente.

"O quê?"

O rosto de Francisco mudou bruscamente, ele mal podia acreditar no que seus ouvidos haviam captado como verdade.

Sua face tornou-se pálida como cinza.

Quão desapontada Mônica devia estar com eles para cortar relações dessa maneira tão determinada e impiedosa.

Márcio, desanimado, sentou-se nos degraus da entrada com um suspiro.

"Francisco, o que devemos fazer agora?"