Acontece Que Ele Sempre Me Amou romance Capítulo 111

Asa Sul, prédio residencial de alto padrão.

Décimo oitavo andar.

Clique.

A porta se fechou e, dentro, apenas Aline e Vinícius permaneceram, sendo este o momento em que Aline se deu conta de que, de alguma forma confusa, acabou sendo levada para casa por Vinícius.

A situação era extremamente delicada.

Ela sentia um arrepio na espinha, mas tentava se mostrar calma enquanto se agachava para desatar os sapatos, falando devagar e com uma voz suave: "Vinícius, você tem chinelos que eu possa usar?”

A sua voz tremia levemente, revelando seu nervosismo, algo que ela não percebia.

Vinícius se agachou ao lado dela, desamarrando lentamente os próprios sapatos, com a cabeça tão perto dela que ela pôde sentir a respiração dele ficar curta antes de se estabilizar novamente.

Depois de trocar os sapatos, ele passou os braços ao redor da cintura dela e a levantou, fazendo com que ela calçasse os chinelos de algodão apenas com as meias.

"Vinícius... você não preparou chinelos para mim?"

"Hmm."

Aline estava tão próxima de Vinícius que sentiu medo. Ele apertou um pouco o abraço, como se fosse levá-la com ele, e ela rapidamente disse: "Precisamos lavar as mãos! Eu tenho o hábito de lavar minhas mãos quando chego em casa, você..."

Eh?

Vinícius a levantou e a levou até a pia. Ela ficou na frente, calçando os chinelos, e ele ficou atrás dela, inclinando-se para abrir a torneira. A água corria livremente enquanto ele segurava as mãos dela, lavando-as meticulosamente.

Aline ficou tão surpresa que ficou sem palavras.

Vinícius lavou cada um de seus dedos cuidadosamente, secando-os um a um em seguida.

"Querida, tem mais alguma coisa que você gostaria de fazer?

"Não, não há.

"Tem certeza?"

"Claro!"

Ela tinha tantas coisas em mente, mas naquela situação, não ousava expressá-las!

Vinícius a pegou nos braços novamente, dirigindo-se ao quarto.

Aline foi colocada sobre os lençóis, seu rosto expressando pavor! Lutar, ela não podia, pois sabia que em três movimentos seria subjugada por ele, então só lhe restava ser astuta, muito astuta!

Aline parou imediatamente qualquer tentativa de se debater, acomodando-se calmamente em seus braços, sem ousar se mover.

"Hmm, boa menina."

"Fique comigo por um tempo, estou cansada."

"Oh."

De fato, era apenas um sono inocente. Aline logo ouviu a respiração de Vinícius se tornar regular e calma, e o aperto do braço dele em torno dela também relaxou um pouco.

Ele devia estar dormindo.

Era normal que alguém tão ocupado e cansado adormecesse tão rapidamente.

Aline tentou se soltar dos braços dele, mas ao menor movimento, Vinícius apertou um pouco mais o braço, fazendo com que ela ficasse quieta novamente.

Depois de muito tempo.

A tensão de Aline finalmente se dissipava um pouco, mas ela não conseguia dormir, mantendo aquela posição desconfortável. Ela pensava em como se libertar dos braços de Vinícius.

Com a experiência anterior em mente, ela não tentava se soltar diretamente, mas sim habilmente se deslizar para fora de seu casaco de plumas, conseguindo assim se afastar dele com sucesso.