Acontece Que Ele Sempre Me Amou romance Capítulo 50

Aline dedicava-se à refeição em silêncio, enquanto ambos permaneciam sem conversar.

Quando terminaram, Vinicius pagou a conta e Aline foi ao banheiro.

Ao sair do banheiro, ela se deparou com um longo corredor.

“Aline?”

Uma voz levemente familiar se fez ouvir.

Aline virou-se e viu um rapaz alto e de traços finos parado atrás dela, com uma expressão de surpresa e alegria ao vê-la. Ela sorriu educadamente, “Rafael?”

“Sou eu. Que coincidência encontrar você aqui.”

“Sim.”

“Eu já estou terminando por aqui. Você veio com suas colegas de quarto? Espera um pouco, que tal se eu levar vocês de volta para a universidade? Vim de carro.”

Aline balançou a cabeça, mas antes que pudesse recusar, sentiu uma presença familiar e sua mão direita foi firme e seguramente capturada por uma grande palma.

A voz de Vinicius soou fria e distante, “Ela veio comigo.”

Aline sorriu, constrangida, “Agradeço mesmo assim, Rafael. Sua gentileza é bem-vinda.”

Rafael sorriu com um ar de significado, olhando para Vinicius com um olhar avaliador e um tanto hostil, “Oh, que pena então.”

No caminho de volta.

Aline insistiu em parar o carro a uma quadra de distância, e Vinicius a acompanhou.

Ela preferiu entrar na universidade pelo portão lateral, caminhando pela mesma via lateral mais tranquila e reservada da última vez.

Diferentemente da atmosfera ambígua anterior, desta vez Aline sentia uma pressão como se uma tempestade estivesse prestes a chegar.

E Vinicius permanecia em silêncio.

Aline decidiu agir como se não percebesse nada.

Chegando ao portão lateral.

Aline parou, querendo se despedir de Vinicius.

No entanto, ele não parou, caminhando à frente dela, com um tênis preto de edição limitada já adentrando o portão da Universidade de Medicina de Salvador, mantendo a mão dela firme na sua.

??

“Hmm.”

Vinicius parecia menos indiferente agora, sentado no banco de madeira do pavilhão, esticando suas longas pernas e tocando distraidamente a mão pequena na sua.

Aline, sentada ao seu lado, sentia cócegas e um leve desconforto na mão presa, tentando se libertar sem sucesso. Então, decidiu tratar do assunto de ele tocar sua mão casualmente.

“Vinicius... Eu queria conversar seriamente com você.”

“Namorar? Tudo bem.”

“...Não é isso. Eu acho que segurar mãos é algo muito especial, o que você acha?”

“Hmm.”

“Para mim, pelo menos deveríamos estar em um relacionamento para segurar mãos, então, você poderia evitar segurar minha mão casualmente? Especialmente em público, afinal, não somos um casal.”

“Seremos no futuro.”

“Então, que tal esperarmos até que sejamos um casal para segurar mãos?”

“Não.”