Acontece Que Ele Sempre Me Amou romance Capítulo 72

"Bernardo acabou de ligar, Vinicius foi chamado pelos cientistas que trabalham para ele."

"Desenvolvimento de uma arma secreta?"

"Sim."

"Então, para que estamos a tentar competir? Vinicius é inteligente, não como nós, brutos e diretos, ele certamente vai ficar do lado do Bernardo."

"Falas como se, só porque não tens a inteligência de Vinicius, poderias competir em força."

"Vinicius pode até visitar o Bernardo, mas não significa que ele realmente vai se juntar a ele, dado o caráter secreto do trabalho de Bernardo, todos sabemos. Se Vinicius realmente seguisse esse caminho, teria que viver escondido. Como líder da Família Grieira, como ele poderia permanecer oculto?"

"Isso complica as coisas."

"Exatamente, senão, por que estaríamos aqui a discutir isso? Bernardo tem de chamar agora mesmo Vinicius."

"Se a Família Grieira tivesse mais jovens excepcionais como Vinicius, não estaríamos nesta situação."

"Não é que a Família Grieira não tenha membros jovens talentosos, mas nenhum se compara a Vinicius. Ele pode ser um pouco frio e arrogante, parece até que nos despreza."

"Não provoquem divisões. Todos conhecem o temperamento de Vinicius. Se realmente não quisermos vê-lo hoje, poderíamos dizer que é apenas uma visita ao patriarca."

"É verdade."

*

Às sete e meia da noite.

Universidade Médica de Salvador.

Aline estava deitada na cama do dormitório 328, dormindo profundamente, quando o seu telefone começou a tocar e vibrar sem parar. Ela ignorou, mas o telefone continuou.

Com impaciência, Aline pegou no telefone e atendeu.

Uma voz fria e familiar.

"Desça."

?

Aline, ainda sonolenta, respondeu irritada: "Descer pra quê?"

"Para a entrada do dormitório."

Aline despertou um pouco: "Eu não vou."

"Prefere que eu suba?"

"Meio copo."

Aline tentou libertar-se dos braços dele, mas ele a segurou mais forte, tornando impossível sua fuga, ela disse, rígida.

"Vinicius, não deveríamos nos abraçar aqui. Estamos na entrada do dormitório, os nossos colegas podem nos ver a qualquer momento..."

"Hm."

Vinicius segurou na mão dela firmemente, guiando-a para fora do dormitório. Aline nem teve tempo de se preocupar com os seus chinelos de algodão, quando Vinicius a prensou contra a parede em um canto do prédio, protegidos da chuva.

Vinicius colocou o guarda-chuva sobre o ombro, criando um espaço privado para eles. Ele passou a mão pelos cabelos dela, gentilmente, olhando-a intensamente.

Aline sentia um formigamento no couro cabeludo, e o seu coração batia acelerado: "Vinicius, não faça isso."

"Você disse que não tinha tempo."

"Vir até aqui assim não vai causar problemas?"

"Falei a sério, eu realmente não te queria ver, hmm..."

Vinicius abaixou a cabeça, mordendo os lábios dela que não paravam de falar.

Ele a mordeu de forma que ela sentiu uma leve picada, e então, de maneira suave e lenta, começou a lamber, levando os lábios dela, vermelhos como sangue, para dentro da sua boca.