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Adeus, Canalha! Agora Estou Grávida e Casada com Seu Tio. romance Capítulo 108

O carro estava em silêncio.

O assistente Martins deu uma olhada pelo retrovisor.

Seu chefe, Rodrigo, ainda estava com os olhos fechados, descansando.

Uma hora se passou e então Rodrigo abriu os olhos. Sua voz baixa e um pouco rouca, com um toque de cansaço, perguntou:

— Cadê a Laura agora?

Martins se virou, já pegando o celular:

— Vou ligar e descobrir.

Ele ligou para o segurança da Laura na hora, descobriu onde ela estava, nem tinha desligado ainda.

Aí o Rodrigo mandou:

— Arrume algo pra ela curtir a noite lá mesmo.

Martins ficou surpreso por um momento, mas logo respondeu:

— Certo.

O vidro da janela foi abaixado.

O carro estava escondido na escuridão, tornando impossível ver quem estava lá dentro.

Rodrigo acendeu um cigarro, segurando-o entre os dedos enquanto apoiava o cotovelo na janela. O tempo foi passando, até que deu uma da manhã.

Ele desceu do carro, entrou no prédio sem sequer olhar para a portaria, tirou um cartão magnético do bolso e chamou o elevador.

Quando chegou ao andar de Beatriz, parou na porta dela e apertou a campainha.

Beatriz, que estava com a cabeça meio zonza por causa da bebida, já estava pronta para dormir, quando ouviu o som da campainha.

— Será que a Laura esqueceu a chave?

Ela saiu da cama e foi até a porta, espiando pelo olho mágico.

Viu alguém que parecia ser Rodrigo.

Abriu a porta e, de fato, era ele.

Rodrigo, do lado de fora, olhava para ela, que estava também fixando seus olhos nele e parecia confusa.

Ela estava de pijama, um modelo bem comportado, mas seu rosto estava avermelhado.

Ele sentiu o cheiro do álcool.

Ela tinha bebido mais uma vez.

Rodrigo, com a voz calma e grave, disse:

— Vim pegar algumas coisas pra Laura.

Beatriz, com a cabeça ainda meio tonta, não suspeitou de nada:

— Pode entrar.

Ela se virou e voltou para quarto.

Rodrigo entrou e fechou a porta atrás de si.

Ele claramente não tinha planos de ir embora essa noite.

Beatriz, com sua suposta amnésia, tinha apagado Rodrigo da memória completamente.

Quando o dia começou a clarear, Beatriz estava exausta, deitada na cama sem conseguir se mexer. Logo depois, a porta do banheiro se abriu e Rodrigo se juntou a ela, puxando-a para perto.

— Durma um pouco.

Esse cara era um demônio.

A noite toda, Rodrigo tinha ficado contando histórias de quando eles estavam juntos, tentando fazer com que ela se lembrasse.

— Se eu continuar falando, você vai acabar lembrando. — Ele insistia.

Beatriz estava exausta, e sempre que tentava dormir, e o cara já estava a cutucando de novo para acordá-la.

Ele ficou fazendo cócegas nela, tentando acordá-la de todo jeito.

Era demais.

Ela quase cedeu e admitiu que estava fingindo a amnésia.

— Bia, a gente já até transou na frente do espelho. — Disse ele, com a voz rouca.

Beatriz puxou o travesseiro e cobriu a cabeça, querendo que tudo acabasse.

Rodrigo riu baixinho desta vez.

— Falei tanto que agora, mesmo se você esquecer todo mundo, não vai me esquecer.

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