Adeus, Canalha! Agora Estou Grávida e Casada com Seu Tio. romance Capítulo 144

Beatriz tava com a mente a mil. Depois de dar o depoimento, ela saiu da delegacia e entrou no carro toda suada e fria. Estava pálida como um papel.

Mais cedo ou mais tarde a galera ia descobrir que foi ela quem denunciou. Anos atrás, quando ela e Bruno saíram do orfanato, chegaram a pensar, de forma ingênua, em ir até a polícia.

Mas uma coisa os fez desistir.

O grupo era extremamente perigoso, tratava gente como mercadoria.

Beatriz ligou o carro mordendo os beiços. Não queria ficar remoendo aquela treta toda.

Cristina vendeu a foto e o negativo da Beatriz. Lucrou 320 milhões no fim das contas.

Quando voltou pra casa e encontrou Roberto, ela nem sabia como explicar a situação.

— Ela disse quando vai transferir o dinheiro? — Roberto perguntou, com a testa franzida de preocupação.

Cristina teve um momento de hesitação, o rosto endureceu, e ela finalmente soltou, com uma expressão amarga: — Amor, me desculpa... Fui enganada.

Roberto ficou vermelho de raiva, o peito subindo e descendo enquanto tentava se controlar: — Então, quer dizer que Beatriz não vai nos dar os 70 bilhões... A única solução agora é nossa filha casar com o senhor Melo, pra gente conseguir o empréstimo.

Íris, a filha deles, teria que se casar com o senhor Melo apenas para garantir o empréstimo bancário. Ela estava feliz da vida hoje, na escola, completamente alheia a esse plano. Cristina até quis se opor, mas não tinha mais como.

Pouco depois, uma empregada entrou na sala, meio assustada: — Dona Cristina, tem uns policiais aí fora querendo falar com a senhora.

Cristina fechou a cara e xingou: — Aposto que é treta da Beatriz de novo.

Os policiais entraram na sala de estar.

— Sra. Cristina, por favor, nos acompanhe até a delegacia.

Cristina se levantou, com um sorriso forçado no rosto, e foi logo tentando se justificar: — Senhores, eu já cortei relações com Beatriz. Se ela fez algo errado, não tem nada a ver comigo.

Os policiais acharam a explicação estranha.

Um deles falou sério: — A Beatriz denunciou a senhora por ameaça e extorsão. A senhora vai ter que nos acompanhar.

Beatriz riu levemente.

Seu celular vibrou novamente, mas dessa vez não era Cristina. Era Rodrigo.

— Bia. — Ele falou baixinho, quase como quando tá sussurrando no ouvido dela de noite: — Pode contar comigo sempre, viu?

Alberto, o segurança de Beatriz, era homem de confiança de Rodrigo, então Beatriz nem tentou esconder dele.

— Eu não perguntei o que tava rolando, e Alberto também não me contou. — Rodrigo continuou, com a voz rouca.

Beatriz sorriu. Sabia que ele não ia se meter sem ser chamado.

Ela falou suave: — Rodrigo, acho que estou me apaixonando por você.

Do outro lado da linha, Rodrigo sentiu uma onda de calor tomar conta do corpo, e, sem jeito, trocou o peso da perna esquerda para a direita, cruzando as pernas enquanto tentava disfarçar o nervosismo.