Gabrielle apenas deu umas dicas, fez um favor de leve, mas não tinha razão para se desgastar ajudando a Vera. Ela foi gentil, e Vera não era tola, agradeceu de forma educada.
A situação dela era um pouco delicada, pois ela e Rodrigo não eram oficialmente casados, mas, felizmente, ela era filha da clã Pereira de Cidade B, então tinha certa posição.
Laura estava sentada no sofá da sala com um travesseiro, assistindo TV, enquanto Gabrielle e as outras aguardavam para ir ao evento beneficente. Gabrielle pensou em Larissa e virou-se para Vera: — Seu primo Aaron tem namorada?
— Não, nenhum dos meus dois primos tem.— Respondeu Vera, intrigada com o motivo da pergunta dela.
— Minha neta Larissa já está na idade de se casar.— Comentou Gabrielle, sem detalhar muito.
Vera entendeu imediatamente: era por causa de Larissa. Mas conhecendo o primo, sabia que ele jamais se interessaria pela neta de Gabrielle, embora, claro, fosse prudente não expressar isso. Com um sorriso discreto, respondeu: — Eu pergunto para ele quando tiver um tempinho.
Laura, ao ouvir o nome de Aaron, desviou levemente o olhar da TV, parecendo um pouco distraída.
— Vamos entrar nessa loja, quero comprar umas coisinhas para minha neta.— Disse a senhora Almeida, uma mulher de rosto cheio e simpático, sorrindo para Cláudia.
— Sua neta tem quase a mesma idade que a minha.
Cláudia sorriu de volta: — Vou aproveitar e comprar umas coisas para Estrela também.
Beatriz, de máscara no rosto, segurava um pequeno casaco de criança numa mão e um gorro na outra. Ela tinha passado no hospital para uma consulta de retorno e aproveitou para comprar algumas roupinhas de bebê, começando a preparar o necessário aos poucos.
Sem experiência, ela estava se guiando por informações que achava na internet. Ao levantar o olhar, viu Cláudia e a senhora Almeida entrando.
Cláudia não esperava encontrar Beatriz ali. Ao notar as roupinhas de bebê nas mãos dela, hesitou por um instante. Beatriz levou as roupas ao caixa e, após pagar, saiu sem dizer nada.


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