Adeus, Canalha! Agora Estou Grávida e Casada com Seu Tio. romance Capítulo 280

— Homem é tudo igual.— Beatriz resmungou depois de xingar Rodrigo. Ela se recostou preguiçosamente no sofá, pegou um tomatinho e o colocou na boca. Doce, nada azedo, perfeito. Depois de mastigar, voltou ao seu discurso.

— Rodrigo, como é que você não sabe nem as noções básicas do dia a dia? Não sabe que roupas de cores diferentes têm que ser lavadas separadamente?— Ela pegou outro tomatinho para aliviar a irritação. Estranho… antes ela olhava para Rodrigo e achava ele perfeito, dos pés à cabeça. Agora, parece que tudo nele está errado. Será que a fase de lua de mel acabou?

— Nem lavar roupa você consegue, e ainda faz uma mulher grávida resolver isso! Você sabia fazer antes; está fazendo de propósito, não está?

Isso era o ponto crucial. Antes, Rodrigo sabia lavar roupa, lavar lençóis… tudo isso!

Ele, sentado friamente do outro lado do sofá, se perguntava por que diabos tinha que fazer todas essas tarefas. Afinal, não era mais fácil contratar uma empregada para resolver tudo? Agora ele precisava lavar roupa, limpar a casa, lavar frutas para ela, fazer as refeições, lavar a louça… e já estava no limite com isso tudo depois de apenas um dia.

Com um tom ameno, sugeriu:— E se contratássemos uma empregada? Você já disse que está cansada de comida de hotel, não está?

Beatriz não gostava da ideia de ter alguém estranho em casa, mas, pensando em sua condição, cedeu: — Tá, pode contratar uma empregada só para cozinhar. O resto, você faz.

Ela encerrou a discussão assim.

— Você sabia limpar o chão e lavar roupa antes.

Antes era antes. Agora, ele não pretendia fazer isso. Com uma expressão indiferente, ele tomou um gole d'água, tentando conter sua irritação.

— Tudo bem, eu continuo fazendo.— Ele sabia fazer o que Rodrigo fazia – não poderia ficar para trás.

Limpar e lavar roupa? Moleza.

— Deixa que eu cuido de contratar a empregada.— Ela decidiu.

— Tudo bem.

Rodrigo sentou ao lado dela e perguntou sem pressa:— Sobre o que quer falar?

Thiago imaginou que Rodrigo o levaria ao escritório, mas ficou surpreso que fosse na sala. Com Beatriz ali, algumas coisas seriam difíceis de dizer. Ele sorriu:— Podemos ir ao escritório?

Beatriz sorriu de canto, de forma enigmática. Vera também quis falar com Rodrigo na noite anterior. Agora era a vez do primo. Rodrigo, sentindo-se desocupado, decidiu ouvir o que Thiago tinha a dizer:— Claro, vamos ao escritório.

Os dois foram ao escritório, e Beatriz, curiosa, esticou o pescoço, mas se conteve, pois não era do tipo que ouve conversas alheias. Sem ter o que fazer, ela trocou de canal, mas a cabeça estava no escritório.

Por causa da decoração de Beatriz, o escritório perdeu um pouco da sua austeridade e simplicidade, ganhando um toque mais artístico e acolhedor.

Thiago deu uma olhada no ambiente antes de se sentar e, direto ao ponto, pediu desculpas.

— Rodrigo, eu preciso te pedir desculpas. Eu não suportava ver os filhos de Vera crescerem sem saber quem é o pai, então entrei em contato com o seu pai. Espero que entenda, Vera, de um jeito ou de outro, é da minha família.