Aaron segurou o queixo de Beatriz.
Olhou pra um lado, pro outro.
Beatriz fechou a cara: — Pode soltar? Isso é assédio no trabalho.
Aaron soltou o queixo dela, obedientemente, e chegou a uma conclusão: — Quem diria, Beatriz... Você é mesmo uma daquelas que só pensam em romance, né?
O ex-marido nem liga pra ela, e, mesmo assim, ela continua trazendo café da manhã com carinho. Se isso não é ser cega de amor, o que é?
Beatriz respirou fundo, soltou uma risada fria e, de má vontade, entregou os documentos para ele: — É, sou louca de amor mesmo. Tem reunião às nove e meia.
Aaron franziu a testa: — Quem foi o idiota que marcou reunião às nove e meia? Logo de manhã, o cérebro ainda tá no modo soneca.
Às vezes Beatriz não entendia como Aaron virou presidente. Nasceu com o cu virado pra lua.
Aaron xingou baixinho, pegou os papéis e saiu correndo pra trabalhar.
Beatriz foi comprar um café na cafeteria em frente à empresa.
Mal saiu da cafeteria, viu Jean parado do lado de um carro preto.
Ele veio até ela e falou baixinho: — Beatriz, o Lucas quer falar com você. Tá livre agora?
Beatriz olhou pro carro.
Ele devia estar lá dentro.
— Tá.
Jean abriu a porta do carro para Beatriz, que entrou. O carro saiu.
Beatriz mandou uma mensagem pra Aaron avisando que ia se atrasar, aí olhou pra Lucas: — Você não tava me evitando? Por que me chamou de repente?
Tava confusa.
Lucas olhou pra Beatriz com uma expressão complicada, mas logo voltou a ficar sério: — Vamos conversar daqui a pouco.
Beatriz ficou tomando o café dela.
Toda feliz.
— Quer também? — Ela ergueu a sobrancelha: — Eu não me importo de dividir.
— Não, obrigado. — Ele respondeu sem emoção.
Beatriz deu de ombros: — Eu sei que você não gosta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Adeus, Canalha! Agora Estou Grávida e Casada com Seu Tio.