Afeição tardia é pior que grama romance Capítulo 102

"A Senhorita Campos, o senhor me pediu para trazer o jantar. Veja se está do seu agrado. Se não gostar, posso preparar outra coisa para você." A empregada era uma mulher de quarenta e poucos anos, um pouco acima do peso, com um sorriso muito acolhedor.

"Está ótimo, obrigada." Cecília olhou para o jantar na mesa, um bife ao ponto, pizza de jaca assada na hora, sopa borscht, acompanhada de pudim de queijo. Tudo foi preparado de acordo com seu paladar.

"Então, bom apetite. Se precisar de alguma coisa, é só chamar." A empregada disse educadamente. Ela estava prestes a sair quando Cecília a chamou novamente.

"Onde está o Wilson?" Ela não pôde deixar de perguntar.

"O senhor está numa videoconferência. Ele pediu para você jantar primeiro e não esperar por ele." A empregada respondeu.

Cecília jantou sozinha. Depois, pegou um livro da estante para ler. Ela havia chegado apenas à metade quando adormeceu no sofá.

Quando acordou, já era quase uma da manhã. A noite lá fora era profunda, e o silêncio dentro do quarto era absoluto.

Cecília esfregou os olhos e se levantou do sofá, andando descalça para fora do quarto. Ao passar pelo escritório, viu que a luz ainda estava acesa. Wilson ainda estava trabalhando.

"Ele não descansou ainda, não é? Ele já jantou?" Cecília perguntou à empregada da mansão.

"Não. O senhor não come enquanto trabalha."

"Ainda tem jantar? Me dê. Vou levar para ele." Cecília disse.

"O senhor não gosta de ser incomodado enquanto trabalha." A empregada advertiu gentilmente.

"Não se preocupe. Deixa comigo." Cecília subiu as escadas com a bandeja em mãos. Como estava difícil manusear a porta, entrou direto sem bater.

O escritório estava mobiliado com móveis de madeira maciça de cor marrom escuro, elegantes e sóbrios, com um leve aroma de folhas de madeira no ar.

Cecília estava vestida com uma camisa de chiffon de gola alta, provavelmente para evitar mal-entendidos, cobrindo-se cuidadosamente.

Mas ela provavelmente não sabia que, quanto mais uma mulher se cobre, mais um homem quer despi-la.

"Ainda ousa se aproximar de mim. Acha que tenho um grande autocontrole." Os lábios finos de Wilson encostaram em seu ouvido e seu hálito ardente pousou em sua pele sensível como se quisesse incendiá-la.

"Eu..." Cecília estava prestes a explicar. Mas Wilson a levantou no colo e caminhou para fora do escritório.

Ele a levou de volta ao quarto, jogou-a na cama grande com entalhes dourados, pressionou seus lábios contra os dela com força.

Incomumente, Cecília não resistiu, permanecendo dócil e suave. Wilson quase perdeu o controle.

Depois do beijo, ele puxou o cobertor sobre ela, acariciando gentilmente seus cabelos macios. "Boa noite."