Afeição tardia é pior que grama romance Capítulo 114

Wilson a apertou em seus braços para um beijo profundo, a respiração de ambos tornando-se cada vez mais pesada e ofegante.

A Cecília de antes, mesmo na cama, era tímida e comportada, nunca tinha sido tão apaixonada como agora. Suas mãos delicadas e macias exploravam seu corpo de maneira desordenada, Wilson sentia-se como se fosse ser consumido por ela.

Ele, com autocontrole, agarrou as suas mãos inquietas, levando-as aos lábios para um beijo forte, e murmurou com a voz rouca: “Cecília, se você continuar assim, não precisaremos ir ao hospital.”

Cecília estava presa em seus braços, mas ainda agitada, torcendo-se desconfortavelmente. E sendo atormentado por ela, Wilson só se sentia mais desconfortável.

Em meio à agonia mútua, o carro finalmente chegou ao hospital.

Kleber Matos teve um dia cheio, e justo quando tirava a sua bata branca preparando-se para ir para casa, o Sr. Wilson apareceu a carregar o seu precioso coração.

Kleber teve de colocar o jaleco branco novamente e segui-los até a sala de exames.

Provavelmente a família Duarte nunca tinha usado esse tipo de medicamento antes, pois uma única dose já era bastante potente, mas Valéria, temendo não ser suficiente, forçou Cecília a tomar várias vezes a quantidade recomendada, fazendo o efeito ser um tanto violento.

Kleber só pôde pedir às enfermeiras que aplicassem um sedativo em Cecília para que ela se acalmasse, e então a transferiram para um quarto VIP para observação.

O corredor fora do quarto VIP estava vazio durante a noite.

Wilson, encostado na parede de um lado, só quando viu Kleber sair do quarto, perguntou com voz profunda: “Como é que ela está?”

“Foi injetada com anestésico e depois forçada a tomar um afrodisíaco potente. Mandei aplicar um sedativo, ela acaba de dormir. Uma noite de descanso, e o efeito passará.”

“Hmm.” Wilson murmurou baixinho, seus olhos escuros impenetráveis, escondendo suas emoções.

“Quem fez isso?” Kleber perguntou, curioso. Mexer com a queridinha do Sr. Wilson é pedir para se encrencar.

Wilson, com os olhos escuros e profundos, brincava com um isqueiro de metal nas mãos, a chama azulada brilhando suavemente no escuro: “Eu quero que seja de livre e espontânea vontade.”

Quando Cecília acordou, já era a tarde do dia seguinte.

Ela olhou ao redor do quarto de hospital desconhecido, com um breve momento de confusão mental. Seu corpo ainda doía e se sentia fraco, provavelmente efeitos colaterais dos medicamentos que ainda não tinham passado.

Cecília pensou por um longo tempo antes de se lembrar da última memória de ser levada para a sala de exames, com médicos e enfermeiros ao seu redor. E depois de receber o sedativo, ela perdeu completamente a consciência.

Cecília estava deitada na cama do hospital, perdida em pensamentos, quando a porta do quarto se abriu, e Wilson entrou a carregar uma caixa de comida.

“Acordou?”

“Hmm.” Cecília respondeu baixinho, as bochechas corando levemente. As imagens da noite anterior, ora turvas, ora claras, afloravam na sua mente.