Afeição tardia é pior que grama romance Capítulo 70

Débora foi levada às pressas para o hospital próximo, sendo imediatamente encaminhada para a sala de emergências.

Não demorou muito para o médico sair da sala de emergências, trazendo o formulário de autorização para o aborto para Everaldo assinar.

"As lesões são graves. O bebê já perdeu a batida cardíaca. Precisamos fazer o procedimento de indução ao parto imediatamente."

"E a mãe?" Everaldo perguntou.

"Ela sofreu várias contusões de tecido mole pelo corpo, mas não corre risco de vida." O médico respondeu.

Everaldo assentiu vagamente. Com mãos trêmulas, assinou o documento.

"O bebê se foi assim?" A Dona Duarte murmurou, quem claramente ficou arrependida e angustiada.

"É sim. Vocês estão satisfeitos agora?" Everaldo segurou a cabeça com as mãos, desabando na cadeira fora da sala de emergências. Ela também havia sido a criança que ele tanto desejara, imaginando seu nascimento, sua aparência, vendo-o correr e pular, chamando-o de pai.

Mas agora ele se foi.

Ao lado de Dona Duarte, Valéria ainda usava o colar de diamantes de Débora. Sem mostrar arrependimento, ainda por cima falou com arrogância: "Se foi, foi. A Débora era uma vadia quem dormiu com muitos homens. Quem sabe se esse bebê era mesmo do meu irmão? Podia ser um bastardo!"

"SAIA!" Everaldo gritou de repente.

Valéria estremeceu, recuando instintivamente para trás de Dona Duarte. "Mãe, o irmão está gritando comigo de novo."

"Você não poderia ficar quieta, né? Sempre causa problemas." A Dona Duarte suspirou.

Após a cirurgia de indução ao parto, Débora foi transferida para um quarto particular. Ela passou a noite inconsciente, acordando apenas no dia seguinte.