Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 133

Eliane Garcia chorava cada vez mais forte, enquanto o sorriso nos lábios de Cíntia Andrade se aprofundava.

Ela chorava de maneira tão trágica, mas isso não afetava sua fala, que era clara e precisa.

Isso mostrava que ela havia se preparado para o momento.

As acusações de Eliane Garcia eram severas: Cíntia Andrade era a vilã, tinha roubado suas oportunidades e seu amor, agia com a crueldade de uma serpente.

E Eliane se colocou como a vítima, frágil e insignificante.

Esse era o seu truque mais comum.

A risada de Cíntia Andrade aumentou: "Depois de todo esse tempo, você não aprimorou suas técnicas de teatro? Seu choro quase me faz vomitar o jantar de ontem. Você realmente se vê como protagonista de uma novela trágica?"

As lágrimas cobriram o rosto de Eliane Garcia, que tremia incontrolavelmente.

"Cíntia, eu sei que não posso competir com você em nada, só peço que me deixe em paz. Eu juro que não vou disputar nada com você!"

Cíntia Andrade se inclinou e segurou o queixo dele, enquanto analisava seu rosto inchado e vermelho.

Depois de um momento, ela falou, comparando-a com Simone Vieira, mas observando que Eliane ainda estava longe de alcançar a astúcia de sua mãe.

"Primeiro, a campanha de 'As Aventuras de Merlin' não foi um roubo, não havia contrato firmado e eu entrei na disputa justamente. Como isso se torna um roubo?"

"Segundo, se eu realmente quisesse roubar, você acha que Jerônimo Laurentino ainda estaria ao seu lado? Não superestime o interesse dos outros no que você deseja."

Do lado de fora, Jerônimo Laurentino soltou um riso sarcástico.

Não interessado? Que ironia!

Eliane Garcia, por dentro, se ressentia, se perguntando por que Cíntia Andrade ainda não havia perdido a cabeça em fúria.

Chorando, ela implorou: "Cíntia, eu sei que você odeia a mim e a minha mãe. Entendo seu desejo de vingança, mas, por favor, fique longe do Jerônimo. Pode me bater, me xingar, só não chegue perto dele!"

As lágrimas de Eliane caíam, mas por dentro, ela se sentia vitoriosa.

"Cíntia, me desculpe, me desculpe..."

Com um estalo, a porta se abriu.

Jerônimo Laurentino entrou, seguido por um Jacó visivelmente envergonhado, enquanto curiosos observavam a cena do lado de fora.

Cíntia ainda estava segurando o cabelo da namorada de Jerônimo, mas quando viu os recém-chegados, não demonstrou pânico e disse calmamente: "Desculpe, cunhado, acabei de bater na sua namorada".

Ela soltou Eliane, apertando as mãos que formigavam com o impacto.

"Mas eu não posso ser culpada, sua namorada é muito insolente, ela merece uma surra!"

Jacó realmente queria aplaudir Cíntia Andrade, era uma verdadeira revelação, a primeira vez que ele via alguém agir de forma tão arrogante depois de bater em outra pessoa.