Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 15

Cíntia Andrade desabou no sofá, segurando o pescoço enquanto tossia, as lágrimas quase escorrendo.

Ela tentou se levantar, apoiando-se no sofá, mas ele escureceu diante de seus olhos e ela quase caiu para frente.

Ela achou que ia cair, mas, em vez disso, esbarrou em uma "parede de carne".

Uma mão grande agarrou seu braço, puxando-a facilmente para cima.

Cíntia olhou para cima e viu o rosto impassível de Jerônimo Laurentino: "Obrigada."

Ela tentou puxar a mão, mas não conseguiu; a força dele era impressionante.

Eliane Garcia, dominada pelo ciúme, quase rangeu os dentes. Jerônimo Laurentino tinha aversão ao contato, mas ele tocou Cíntia Andrade? Por quê? Por mais que ela tentasse agradar a esse homem, ele permanecia indiferente, chegando a franzir a testa quando ela se aproximava! Mas ele tocou em Cíntia Andrade!

De repente, Jerônimo perguntou: "Que perfume você está usando?"

Era uma pergunta íntima para aquele momento.

Seu rosto era frio, mas seus olhos ardiam intensamente, fixos em Cíntia.

Ele tinha sentido um aroma em Cíntia que perturbava seu coração, desconcertantemente familiar.

Cíntia, confusa, respondeu: "Eu não estou usando perfume!"

Nilson Barbosa, irritado, disparou: "Não é à toa que você parece uma mulher de fibra, tentando seduzir meu irmão, sem nem considerar sua posição. Uma perdedora, tentando se elevar!"

Eliane Garcia, com o coração falhando uma batida, xingou baixinho e correu para ajudar Cíntia, separando-a de Jerônimo.

"Cíntia, você está bem? Desculpe, é minha culpa."

Ela se virou e repreendeu Nilson: "Você foi longe demais, como pode tratar Cíntia assim?"

Nilson olhou para ela com desprezo. Ele só dava ouvidos a Jerônimo, mas quem era Eliane para ele? Ela mal merecia ser chamada de cunhada, e ainda achava que fazia parte da família.

Eliane sentiu o olhar como um punhal, mordendo o lábio, sem ousar dizer mais nada.

Cíntia sentiu um ardor na garganta, como se estivesse pegando fogo.

Ela afastou Eliane, ajeitou suas roupas e se levantou para sair.

Nilson esticou a perna, bloqueando seu caminho: "Você quer ir embora? Primeiro precisa da minha permissão".

"Beba isso e eu deixo você ir embora!"

Cíntia pegou uma garrafa de bebida com a intenção de jogá-la!

Eliane se adiantou rapidamente, com os olhos vermelhos, agarrou Cíntia pelo braço e sussurrou: "Cíntia, somos amigas, estou do seu lado, mas isso vai me colocar em uma situação difícil. Mesmo que Jerônimo goste de mim, como vou enfrentá-lo depois disso?"

Cíntia sentiu como se houvesse uma pedra presa em sua garganta.

Ela causando problemas?

Cíntia desviou o olhar e soltou o braço de Eliane, olhando para o copo cheio de uísque: "Está subestimando quem?"

Ela empurrou a mão de Nilson para o lado, agarrou a garrafa inteira sobre a mesa e começou a beber!

Eliane Garcia fingiu preocupação: "Desculpe-me, preciso falar com você!"

Enquanto Nilson Barbosa estava confuso, ele andava de um lado para o outro na sala, finalmente sentando-se ao lado de Jerônimo Laurentino sem dizer uma palavra.

Jerônimo olhou para a garrafa vazia a seus pés, notando o leve batom no bocal, um brilho de interesse passando por seus olhos.

De repente, Nilson se levantou, falando sério: "Irmão, se eu não tiver essa mulher, não vou poder morrer em paz".

"Que dignidade!"

"Você não acha que ela é irresistível? Aquele espírito indomável dela, como um licor forte..."

O celular de Jerônimo tocou, e ele se levantou, deixando Nilson para trás.

Do lado de fora do quarto, Cíntia correu para o banheiro, vomitando intensamente.

Eliane batia em suas costas: "Você é muito orgulhosa, sabia? Às vezes, ceder um pouco não faz mal!"

Ela queria secretamente que Cíntia fosse dominada por Nilson Barbosa em público.

Ela sempre esperava que Cíntia fosse humilhada a ponto de não conseguir levantar a cabeça, mas o resultado nunca era o que ela queria.

Cíntia sempre teve um espírito selvagem e indomável, como se nada pudesse dominá-la.

"Não é minha culpa, por que eu deveria ceder?" - Cíntia levantou a cabeça, vendo seus próprios olhos vermelhos no espelho.