Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 186

Vovó Júlia, com uma colher pequena em mãos, mexia delicadamente.

"Continue investigando, precisamos saber quem é, estou preocupada..."

"Preocupada com o quê?"

Vovó Júlia não respondeu diretamente, mas perguntou: "Algum movimento recente da Cintia Andrade?"

"Depois da briga com a Sra. Barbosa, que a levou para a delegacia, ela se juntou à família Andrade. Soube que, há alguns dias, ela levou algumas pessoas para discutir um projeto no prédio da família Laurentino."

"Hmm, visitando a família Laurentino? Com certeza ela está tramando alguma coisa."

Seu José, entendendo suas preocupações, disse: "Até onde eu sei, o filho mais velho dela a encontrou duas vezes, mas nada de anormal aconteceu."

"Eu lhe disse para dar uma lição nela, como é que você ainda não fez nada?"

"Eu estava pensando em deixar a Sra. Barbosa agir, mas ela..."

Vovó Júlia fez uma careta: "Essa é uma mulher inútil e sem cérebro, mesmo sendo a esposa da família Barbosa, ela não consegue nem cuidar de um assunto tão pequeno. Faça isso logo".

Seu José assentiu com a cabeça: "Sim, senhora".

"A propósito, por que a Eliane não tem estado aqui nos últimos dias?"

"A Sra. Eliane deve estar muito ocupada com o trabalho."

Vovó Júlia acenou para ele sair.

...

Eliane Garcia estava quase enlouquecendo no pavilhão de hóspedes, ela pensou que passaria apenas uma noite e voltaria para casa no dia seguinte.

Mas, no dia seguinte, ela ainda não podia sair!

Ninguém respondia a suas perguntas, e quando chegava a hora das refeições, alguém trazia comida para ela.

Ela recusava-se a comer e jogava a comida no chão, alguém imediatamente vinha limpar!

Mas então, ela perderia aquela refeição.

Se ficasse com fome e quisesse comer, não havia nada disponível.

A menos que ela esperasse pela próxima refeição.

Depois de jogar sua comida no chão duas vezes, Eliane Garcia aprendeu a lição.

Ela implorou para a empregada que a servia, mas a outra permaneceu impassível.

Por mais insegura que estivesse, ela acabou sendo levada até Jerônimo Laurentino.

Ao chegar lá, Eliane Garcia descobriu que estava em um campo de tiro.

Jerônimo Laurentino segurava uma arma, atirando em alvos móveis, que não eram os usuais, mas sim androides que, de longe, pareciam quase humanos.

Jerônimo Laurentino atirava, acertando diretamente no meio da testa.

Eliane Garcia gritou assustada, cobrindo os ouvidos.

Jerônimo Laurentino atirava nos alvos móveis, cada tiro acertava exatamente no mesmo lugar, no meio da testa.

Sua intenção era clara, um tiro para tomar a vida.

Eliane Garcia tremia de medo, sentindo que, a qualquer momento, a arma de Jerônimo Laurentino poderia disparar em sua direção.

Depois de um longo momento, Jerônimo Laurentino finalmente parou.

Com uma voz trêmula, ela gritou: "Senhor... Sr. Jerônimo".

O olhar indiferente de Jerônimo Laurentino deslizou sobre seu rosto pálido: "Parece que você tem trabalhado demais. Mandei você passar alguns dias no campo para descansar, e vejo que realmente teve um bom efeito. Você está com uma aparência melhor!"