Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 19

Jerônimo Laurentino olhou para os lábios cheios e rosados de Cíntia Andrade: "Senhorita Cíntia, você parece muito confiante, nem todos estão interessados em você".

Sua voz era fria, séria.

Quanto mais ele agia assim, mais Cíntia Andrade queria arrancar aquela máscara de falsidade de seu rosto.

Ela tirou as sandálias que acabara de calçar e caminhou descalça em direção a Jerônimo Laurentino, parando a menos de dez centímetros dele.

Seus lábios rosados se curvaram em um sorriso provocante: "É mesmo? Como aquela pessoa que disse ontem à noite que mesmo que eu ficasse nua na sua frente, você não se interessaria?"

Seu sorriso era peculiar, uma mistura de sedução natural, encanto e inocência, que fazia o coração dos outros se agitar.

Jerônimo Laurentino permaneceu impassível: "Senhorita Cíntia, está tentando me seduzir?"

Cíntia Andrade riu, uma risada cristalina: "Seduzir? Você sabe o que é sedução de verdade?"

De repente, ela tropeçou, caindo em direção a Jerônimo Laurentino.

Ele estendeu os braços e ela caiu em seus braços.

O corpo macio da moça exalava um perfume sutil e elegante, fazendo o coração de Jerônimo Laurentino bater mais forte.

Cíntia Andrade franziu levemente a testa, apoiando-se no peito de Jerônimo Laurentino como se todos os seus ossos tivessem se dissolvido, cobrindo o peito dele com uma das mãos e dizendo com uma voz doce: "Sr. Jerônimo, meu coração de repente começou a bater muito rápido e minhas pernas estão fracas e trêmulas, o senhor poderia me ajudar a verificar o que está acontecendo?"

Sua voz era macia e úmida, doce como mel, irresistível.

As longas pernas de Cíntia Andrade brilhavam com um tom pálido.

Seus olhos se encheram de névoa, enquanto ela mordia o lábio inferior de forma tímida, olhando para Jerônimo Laurentino com uma sedução inata.

A cor dos olhos de Jerônimo Laurentino escureceu enquanto ele segurava a cintura fina de Cíntia Andrade com uma das mãos.

A razão lhe dizia que ele deveria expulsar essa mulher agora, mas suas mãos se apertavam cada vez mais.

"Ah... está doendo!" - Cíntia Andrade soltou um gemido doce.

Ela fez beicinho e reclamou: "Seu malvado..."

"Amanhã, com certeza terei a marca de sua mão em minha cintura".

Essas palavras ambíguas, porém não vulgares, eram uma atração fatal para qualquer homem.

"É mesmo? Talvez eu devesse verificar?" - A voz de Jerônimo Laurentino estava rouca, e uma faísca de desejo era inegável em seus olhos claros.

"De jeito nenhum!" - Cíntia Andrade virou-se em seus braços, pisando nos pés de Jerônimo Laurentino, levantou-se na ponta dos pés, abraçou seu pescoço, e seus lábios roçaram levemente no seu queixo. Vendo o movimento sexy de sua garganta, ela sorriu com os cantos dos lábios.

Cíntia Andrade abriu a porta e saiu sem que Jerônimo Laurentino levantasse o olhar novamente para ela.

Ele pousou o café que estava tomando e um leve sorriso apareceu em seus lábios.

Essa mulher realmente não sabe o que está perdendo.

Se ela fosse uma daquelas pessoas que fazem de tudo para progredir na vida, não deveria ter perdido a chance de se apoiar em alguém como ele.

Mas ela não o fez...

Ou ela realmente o despreza!

Ou está jogando o jogo do "eu quero, mas não quero"!

Seu celular tocou, ele olhou para ele e atendeu.

"Vovó!"

"Jerônimo, por que não traz a Eliane para jantar conosco hoje?"

"… Sim."