Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 260

O corpo frágil tremia sem parar, seus olhos cobertos, enquanto seus membros eram imobilizados. Aquelas duas íris brilhantes derramavam lágrimas de humilhação sem cessar.

Ela sentia pena do jovem, mas ainda mantinha algum senso de razão. Naquela situação, mal podia garantir sua própria segurança, quem dirá cuidar da vida ou morte de outra pessoa.

Se aqueles dois homens não a vissem, talvez ela também acabasse caindo em suas mãos.

Ela endureceu o coração e tentou se esgueirar para longe.

Porém, após dar alguns passos, parou abruptamente e voltou!

Ela havia visto no chão da casa dois canos de ferro, provavelmente armas daqueles homens. Se conseguisse agir rapidamente sem ser notada, talvez pudesse salvar o rapaz.

Encostada na parede, Cintia Andrade tomou várias respirações profundas antes de reunir coragem para entrar.

O jovem pressionado contra o chão a viu e seus olhos cheios de humilhação e raiva se arregalaram em surpresa.

Cintia Andrade fez sinal para que ele ficasse quieto, colocando um dedo sobre os lábios.

Ela pegou silenciosamente um dos canos de ferro do chão e se aproximou furtivamente. Levantou o cano com todas as suas forças e golpeou a nuca de um dos homens, dando-lhe mais dois golpes em rápida sucessão.

Após o som surdo do primeiro golpe, antes que pudessem reagir, o homem balançou e caiu no chão.

O outro homem, que segurava o jovem, levantou-se lentamente. Embora não fosse particularmente alto, seus músculos e a aura mortal que exalava o faziam alguém intimidador.

Cintia Andrade apertou o cano de ferro em sua mão e disse rapidamente: “Acho que você sabe que apenas um de nós vai sair daqui. Na verdade, acabei de eliminar o seu maior concorrente.”

“Você me notou assim que entrei, mas não se moveu. Não queria que eu derrubasse seu parceiro? Você não queria sujar as mãos, então eu fiz isso por você. Então... você pode me deixar ir?”

Ela olhou rapidamente para o jovem no chão, sem ter tempo para admirar sua beleza.

Assim que o homem pegou o outro cano de ferro e partiu, Cintia Andrade sentiu como se toda sua energia tivesse sido drenada, quase caindo de joelhos.

Ela tentou se levantar, mas viu que o jovem ainda não havia se movido. Franzindo o cenho, ela segurou sua mão: “O que você está esperando? Vamos!”

A mão do jovem era fina e fria, como a de uma garota, embora ele fosse bem alto.

As lágrimas ainda brilhavam em seu rosto: “Por que você me salvou?”

Cintia Andrade respondeu sem paciência: “Imagine que eu perdi o juízo. Você não precisa me agradecer ou me considerar uma boa pessoa. Estou levando você comigo apenas por precaução. Se encontrarmos algum perigo, não hesitarei em te empurrar na frente.”

Os belos olhos do jovem fixaram-se no topo da cabeça de Cintia Andrade, e seus olhos se curvaram levemente.

“Obrigado por me salvar. Eu pensei que, num lugar como este, ninguém viria me ajudar.”