Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 38

"Jerônimo Laurentino, o que exatamente você quer?" disse Cíntia Andrade, com seu rosto pálido cheio de sarcasmo. "Eu lhe disse que estamos quites. Foi só uma noite, você precisa ser tão insistente?"

"O que você acha?"

Os olhos de Jerônimo Laurentino estavam escuros enquanto ele olhava para Cíntia Andrade, a presença imponente dela o pressionando.

Essa mulher era um completo enigma, e ele se perguntou se ela realmente não se importava com sua identidade ou se estava apenas jogando um jogo de sedução.

Ela ergueu o queixo, olhando desafiadoramente para ele.

"Você acha que eu pareço alguém que assumiria a responsabilidade?"

Ela estava assustada por dentro, mas precisava manter uma fachada de indiferença para que Jerônimo Laurentino não percebesse sua covardia. Esse homem era mais perigoso do que ela imaginava.

Nenhum dos dois cedia, e faíscas invisíveis voavam entre eles.

Eventualmente, Cíntia Andrade não aguentou mais e, para não mostrar sua fraqueza, disse friamente: "Me devolva o celular!"

Ela estendeu a mão para pegar o celular e, durante a luta, os dois caíram no sofá.

Por coincidência, seus lábios se encontraram.

A sensação suave fez com que os dois congelassem.

Cíntia Andrade se recuperou rapidamente, pensando que até o destino estava tentando seduzir Jerônimo Laurentino para ela.

Depois de um momento, sem que Jerônimo Laurentino se movesse, ela o empurrou com força pelos ombros.

"Sr. Laurentino, o senhor já beijou o suficiente?"

Sua voz era fria como gelo, desprovida de emoção.

Jerônimo Laurentino a imobilizou, segurando seus pulsos acima da cabeça dela.

Olhando para aquele rosto perfeito, seu coração se agitou.

Ela percebeu que talvez seduzir Jerônimo Laurentino não fosse uma decisão sábia, mas agora era tarde demais para recuar.

Ela sorriu levemente: "Então peça para seu irmão passar uma noite comigo. Se ele estiver satisfeito, certamente não me procurará mais!"

Ela fez uma pausa, inclinando a cabeça inocentemente: "Ah... quase me esqueci, isso não mostraria ainda mais o quão forte é o relacionamento de vocês? Mesmo compartilhando a mesma mulher!"

Ela se inclinou um pouco mais para perto dele, com os lábios roçando sua orelha, e sussurrou suavemente.

Jerônimo Laurentino a empurrou com força, com os olhos afiados como as garras de uma águia, e a temperatura na sala pareceu cair a zero.

"Cíntia Andrade, você realmente não tem medo de morrer?" Jerônimo Laurentino se inclinou, seus dedos brancos e finos deslizando pelo pescoço de Cíntia.

Ela sabia que aquilo não era uma mão, mas sim uma lâmina mortal, pronta para decapitá-la a qualquer momento.