Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 48

Ao perceber que Cíntia Andrade não estava convencida, Jerônimo Laurentino esboçou um leve sorriso nos cantos dos lábios.

"Venha, vou levá-la a um lugar".

Cíntia Andrade o seguiu escada acima até um terraço ao ar livre.

Já era outubro e a brisa noturna fazia Cíntia Andrade sentir frio até os ossos.

De lá, era possível ter uma vista panorâmica de toda a cidade, com milhares de luzes brilhando lá embaixo, como se a cidade inteira estivesse a seus pés e você fosse o rei.

Jerônimo Laurentino se aproximou dela: "Você gosta da vista noturna?"

"Não, é linda, mas eu cresci vendo isso. Mesmo sendo linda, já estou insensível."

Não importava o que Jerônimo Laurentino dissesse, Cíntia Andrade sempre discordava!

"Vou resolver seu problema atual, você sai de Salvador e promete nunca mais voltar".

Silenciosamente, alguém se aproximou e entregou um cheque.

Cíntia Andrade pegou o fino pedaço de papel e, quando viu a quantia de milhões, sorriu.

"É muito dinheiro!"

Mas no segundo seguinte, ela rasgou o cheque em pedaços e os jogou nele.

"Jerônimo Laurentino, quem você pensa que é para planejar a minha vida?!"

"Eu sei por que você quer que eu vá embora, é porque você tem medo que Nilson Barbosa me incrimine, ou é porque você tem medo de se apaixonar por mim?"

Jerônimo Laurentino não se enfureceu, pelo contrário, acariciou o rosto dela como um amante e sorriu: "Você acha que eu poderia me apaixonar por você?"

Ele era tão bonito, mas seu sorriso causava arrepios em Cíntia Andrade; ele estava estranhamente diferente naquela noite.

"Você acha que pode controlar tudo? Eu não estou indo embora. Estou curioso para ver se vocês, irmãos, vão se voltar uns contra os outros por causa de uma mulher."

"Você sabe como eu trato as pessoas desobedientes?" - Jerônimo Laurentino se inclinou, sussurrando no ouvido de Cíntia Andrade.

Antes que ela pudesse reagir, ele subitamente a agarrou pelo pescoço e a pressionou contra o parapeito.

Ela balançava com os pés fora do chão e, se ele a soltasse, ela cairia e se espatifaria no chão.

O vento frio levantou seus longos cabelos.

Jerônimo Laurentino olhou para ela com indiferença: "Você não tem escolha, só pode aceitar."

Cíntia Andrade sentiu seu pescoço quase sendo esmagado, seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ela olhava para o homem que a dominava.

"Ninguém... pode me forçar... a fazer uma escolha!"

"Jerônimo Laurentino, ou você me mata agora ou reze para nunca cair nas minhas mãos, porque eu farei sua vida um inferno."

Mesmo em tal situação desesperadora, ela se recusava a se submeter.

Seus olhos, cheios de lágrimas, brilhavam intensamente, queimando o coração de Jerônimo Laurentino.

De repente, alguém chegou correndo: "Senhor, o Sr. Nilson chegou."

No segundo seguinte, Cíntia Andrade caiu sentada no chão, segurando o pescoço e tossindo violentamente.

Jerônimo Laurentino franzia a testa: "Como ele veio aqui?"

Cíntia Andrade começou a rir: "Eu lhe disse, você deveria ter instruído seus homens a levar meu celular!"

"Olha, seu irmão está muito preocupado comigo."

"Agora você tem a última chance de me expulsar daqui, senão vai se arrepender."

Lágrimas escorriam pelo rosto dela enquanto ela olhava para ele, com alguns fios de cabelo cobrindo seu rosto. Mesmo desgrenhada, ela estava deslumbrante.