Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 91

Simone Vieira quase caiu, mas instintivamente protegeu sua barriga.

Carlos Andrade viu isso e se arrependeu um pouco.

Cíntia Andrade, sempre atenta, disse: "Papai, estamos na casa dos Laurentino. Fazer um escândalo aqui só serviria para nos ridicularizar. É melhor resolvermos isso em casa!".

"Vá em frente, eu sou assim, não posso me apresentar assim. Vou ver se uma compressa fria ajuda."

Sua pele pálida e delicada realçava ainda mais as marcas vermelhas do tapa que havia recebido.

Carlos Andrade, dividido entre a dor e a culpa, levantou a mão para tocar o rosto de Cíntia, mas hesitou.

Ela balançou a cabeça: "Não está doendo, papai, eu estou bem!"

Carlos suspirou, sabendo que somente sua filha pensaria na Família Andrade dessa forma; as pessoas de fora nunca entenderiam.

Ele se virou e lançou um olhar fulminante para Simone Vieira: "Vamos acertar essas contas mais tarde."

E a arrastou escada abaixo.

Simone cambaleou, lançando um olhar venenoso para Cíntia, que permanecia altiva no topo da escada, olhando-a com desdém e um sorriso venenoso nos lábios.

Ela tinha acabado de usar a mesma tática que Simone sempre usava.

Afinal de contas, quem não sabe fingir um pouco?

Cíntia tocou a bochecha dolorida e foi para o banheiro.

Em frente ao espelho, olhando para o leve inchaço em seu rosto, ela zombou.

Simone havia sido a companheira de Carlos Andrade por tantos anos; não seria fácil derrubá-la.

Cíntia pegou o batom e começou a retocar os lábios vermelhos.

De repente, uma figura imponente surgiu silenciosamente no espelho atrás dela. Seus olhos escuros e profundos não revelavam emoção, apenas a observavam atentamente.

Depois de um breve momento de surpresa, Cíntia guardou o batom.

Sua face não estava mais calma; seus olhos ardiam em fúria.

"Cíntia Andrade, você realmente precisa ser tão baixa? Você seduz qualquer um que veja como útil?"

As mãos delicadas de Cíntia repousavam sobre a bancada enquanto ela olhava no espelho para o homem atrás dela, levantando a mão que ele havia apertado.

"Devagar, Jerônimo Laurentino, veja como você me machucou!"

Sua voz doce ecoou, cheia de sedução.

Jerônimo, apertando o pescoço dela, sentiu sua raiva aumentar. Ela sempre encontrava uma maneira de incitar a raiva dele.

"Cíntia Andrade, você tem que ser sempre assim? Não importa quem seja, você pode seduzi-lo se isso for vantajoso para você?"

Ele sentia o pescoço frágil sob sua mão; um pouco mais de força e poderia quebrá-lo.

Cíntia Andrade disse ironicamente: "Pois é, sou só eu mesma, tem algum problema? Mas olha, se você tivesse uma vontade firme, eu nem conseguiria te seduzir, não é mesmo? Aliás, pelo que vejo, você parece estar gostando bastante!"