Amada Especial do CEO: Senhora, Não Quer Mais? romance Capítulo 602

Elza simplesmente não ouviu o que ele disse. Com os braços soltos ao lado do corpo, parecia uma boneca de pano sem vida, deixando-se ser carregada sem resistência. Ela murmurou para si mesma: "Viver sozinho é realmente solitário..."

Ao terminar, seus olhos escureceram, e ela desmaiou.

Romário a pegou nos braços e os dois desapareceram da Mansão Diniz.

Depois daquele dia, Julieta nunca mais viu Romário, porque ele não voltou mais para a Família Diniz. Depois do trabalho, ele sempre ia para aquele porão, ficar com Elza.

Corriam rumores de que, naquela noite, quando Elza acordou, algo dentro dela parecia ter quebrado. Ela quase não falava. Ficava sentada na cama, distraída, abraçando um travesseiro por horas. Sua mente parecia perdida em um lugar inalcançável, e seu corpo dava sinais de enfraquecimento a cada dia.

Romário substituiu todos os empregados, escolhendo cuidadosamente um grupo de empregados mais velhos e ágeis para cuidar dela e escondeu todos os objetos cortantes do porão para prevenir outro suicídio.

Ela também ouviu dizer que Elza sempre trancava a porta, impedindo Romário de entrar.

Ele, respeitando sua vontade, ficava do lado de fora por horas, aguardando em silêncio, sem ousar forçar a entrada.

Quando Julieta soube disso, ficou incrédula. Não conseguia acreditar que o Romário que conhecia - o filho poderoso da Cidade Capital, tão cheio de si - havia se rebaixado a esse ponto por causa de uma mulher.

Como Elza ousava tratá-lo assim?

E como ele ousava tratá-la daquela forma?

Julieta pensou que talvez ela fosse a ridícula, pois tudo o que fez parecia uma grande piada.

Ela pensou que, se Elza fosse inteligente, deveria sair daquela escuridão rapidamente. Afinal, ainda tinha um segredo: um bebê que Romário sequer sabia que existia. Se contasse, Julieta estava certa de que ele a perdoaria, talvez até lhe prometesse todos os desejos do mundo.

Mas Elza carregava feridas profundas demais. Não conseguia sair do abismo onde estava. Naquele tempo, ninguém tinha permissão de entrar no porão, exceto duas pessoas: Simão, o amado de sua juventude, filho da Família Castro, e Palmira, uma mulher tomada pela loucura.

Foi Palmira quem levou água envenenada para dentro...