Amada Especial do CEO: Senhora, Não Quer Mais? romance Capítulo 618

"Não venha com 'ai, ai', Alice. Antes, eu te mimava, fazia tudo o que você queria, até mesmo entregaria minha vida por você, se fosse preciso. Mas agora as coisas mudaram. Não vou mais te mimar. Você perdeu qualquer direito de reclamar comigo!"

Os olhos de Alice estavam marejados. Não era possível dizer se era por causa das palavras duras que acabara de ouvir ou pela fumaça do cigarro que irritava seus olhos. Grávida, ela sabia que o fumo passivo era um perigo para o bebê, e o cheiro do cigarro impregnado nela a fazia detestá-lo ainda mais.

"Simão, tire esse cigarro de perto de mim. Você vai acabar me queimando."

Simão percebeu como ela tentava se afastar dele, utilizando até o cigarro como desculpa.

Ele tirou o cigarro da boca, observou a ponta acesa e, em seguida, a pele delicada de Alice. Então, com um sorriso perigoso nos lábios, disse: "Tão apavorada com a ideia de se queimar? Imagine se eu usasse essa ponta para marcar sua pele. Humberto ficaria louco ao ver."

O que ele estava dizendo?

Como ele podia pensar em algo tão terrível?

Simão aproximou o cigarro dela, lentamente.

Ele não faria isso de verdade... faria?

Alice o encarou, chocada, enquanto a ponta incandescente do cigarro chegava cada vez mais perto.

"Ah! Simão!"

Ela gritou.

No instante seguinte, ele jogou o cigarro no cinzeiro. Olhando para ela, que estava visivelmente assustada, Simão sorriu com desprezo: "Nunca imaginei que você fosse tão medrosa."

Ele queria apenas assustá-la.

Apesar de desejar deixar nela uma marca que proclamasse ao mundo que ela era dele, queimar Alice com um cigarro era uma vileza que ele não cometeria.

Alice suspirou, aliviada ao perceber que ele não era tão cruel como aparentava: "Simão, já terminou? Estou apenas com este vestido, não há onde esconder nada. Você já revistou o que tinha que revistar, pode me deixar ir agora?"

Simão deu uma risada fria: "Calma, eu revistei… mas tem um lugar que eu ainda não revistei."

A posição entre os dois tornou-se instantaneamente íntima e provocativa.

"Simão, me deixe em paz!"

Ignorando o pedido dela, ele abaixou os olhos e deslizou a mão para baixo, num gesto que parecia ser feito apenas para humilhá-la: "Deixe-me verificar. Se não houver nada, eu te solto."

"Não!"

Quando Simão estava prestes a erguer o vestido dela, algo inesperado aconteceu. O bebê dentro do ventre de Alice deu um chute forte, como se percebesse que o pai estava incomodando a mãe.

Simão sentiu o movimento. Era algo pequeno, porém intenso e surpreendentemente forte, atingindo sua mão como um toque firme e macio.

Ele congelou.

Era a primeira vez que experimentava algo assim. Simão nunca havia sido pai antes. Sua vida pessoal sempre fora reservada, sem que qualquer mulher tivesse engravidado dele. A sensação nova e estranha o deixou imóvel, como se, por um momento, todo o mundo ao seu redor tivesse parado.