Amada Especial do CEO: Senhora, Não Quer Mais? romance Capítulo 649

Sylvia Correia tremia por inteiro. Sua cabeça parecia ter sido atingida por um bastão pesado, zumbindo incessantemente. A realidade diante dela era simplesmente insuportável.

Sylvia levantou a cabeça e encarou a Alice: "A verdade sobre meu aborto espontâneo e minha infertilidade?"

Alice confirmou com um leve aceno: "O empurrão que Fernando te deu naquele dia não foi suficiente para causar o aborto de um feto de seis ou sete meses. E você, jovem, saudável e cheia de vitalidade, como poderia ter ficado infértil após um aborto? Nunca achou isso estranho?"

"O que você está insinuando?"

"Naquele ano, você foi vítima de um remédio abortivo extremamente potente, preparado especialmente para você, algo que tirou diretamente o seu direito de ser mãe!"

Sylvia sentiu como se uma mão gigante a empurrasse para um abismo. De repente, ela se lembrou.

Naquela época, ela e Julieta eram grandes amigas. Julieta nutria um amor inabalável por Romário, mas ele era apaixonado por Elza e logo se casou com ela, tornando-a a Sra. Diniz.

Com o coração partido, Julieta começou a mostrar interesse por Fernando. Ela frequentemente fazia perguntas a Sylvia sobre as preferências e desgostos dele.

Na época, Sylvia não pensou muito sobre isso, pois acreditava que aquilo era apenas preocupação genuína e compartilhava tudo com a amiga.

Então veio o fatídico dia do aborto. Sylvia lembrou-se vividamente de Julieta trazendo um caldo de galinha para ela, insistindo que bebesse. Logo depois, Fernando retornou, e os dois discutiram ferozmente por causa de Elza. Num momento de fúria, Fernando a empurrou, e ela bateu na parede, perdendo o bebê na mesma hora.

Tudo se encaixou. Os olhos de Sylvia Correia se encheram de lágrimas, e ela queria rir… De fato, riu.

Ha.

Haha.

Que tola ela fora.

Como pôde ser tão tola?

Ela havia direcionado todo o seu ódio para Elza, sem perceber que sua melhor amiga a havia apunhalado pelas costas.

...

Pouco tempo depois, Julieta chegou ao hospital acompanhada de Alana. Empurrando a porta com pressa, encontrou Sylvia recostada na cabeceira da cama, pálida, com uma expressão sombria, perdida em pensamentos.

Julieta imediatamente se aproximou, colocando uma almofada atrás de Sylvia com um olhar de preocupação e carinho: "Sylvia, por que está sentada? Você ficou tanto tempo na água gelada... O médico foi claro que precisa de repouso absoluto!"

Alana rapidamente disse: "Tudo culpa daquele irmão tolo da Alice! Madrinha, assim que você melhorar, temos que nos vingar dele e restaurar sua honra!"

Alana então serviu um caldo de galinha cheio de amor e a entregou a Sylvia.

O rosto de Sylvia Correia estava sombrio, mas sua expressão permanecia incrivelmente calma enquanto estendia a mão para pegar a pequena tigela que Alana segurava.

No entanto, ao fixar o olhar no rosto de Alana, algo dentro dela pareceu se romper. Suas unhas longas e bem cuidadas, como instintivamente, arranharam o dorso da mão da jovem, deixando três marcas de sangue evidentes.

Alana, mimada desde pequena, gritou imediatamente: "Ai, que dor!"