Amor além do tempo Luz no fim do túnel

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Acordei com o humor ótimo.

Não que eu acorde mau humorada, mas digamos que eu estou feliz por tudo o que anda acontecendo na minha vida.

Me ajeitei e saí do quarto pra tomar café da manhã, quando passei pela recepção, vi a Cris, que me olhou com desconfiaça.

Eu já sei quem ela é na vida do Dilan, mas eu não tenho certeza se ela sabe quem eu sou.

- Bom dia Cris?

Cris: Bom dia Kyra, falou de forma simpática.

Eu continuo sem saber se ela é simpática assim de verdade ou se é por fazer parte do trabalho dela.

Continuei caminhando até a parte de trás da pousada e sentei na mesa, enquanto o seu Dário organizava tudo.

Assim que ele me viu, ele caminhou até onde eu estava.

Dário: Bom dia Kyra , como passou a noite?

- Muito bem seu Dário, obrigada.

Dário: Posso sentar com você?

- Claro que pode, falei sorrindo.

Dário: É muito bom ter você aqui Kyra, faz muito tempo que não vejo o Dilan assim, tão sorridente e animado, na verdade ele mudou completamente depois que você foi embora.

- Eu nunca esqueci o Dilan seu Dário, eu não o procurei antes porque eu não podia deixar a minha vó.

Dário: E o que mudou pra você vim agora?

- Ela escondeu de mim que a casa que eu morava com minha mãe ficou pra mim.

Então quando ela me disse, ela mandou eu vim. Ainda sim eu não queria deixá-la, mas ela falou algo que me fez mudar de ideia.

Dário: O que ela disse?

- Que lá ficou pequeno de mais pra pra minha grandeza.

Dário: Sua vó fez o que acredita ser o melhor pra você.

- Tenho certeza que sim.

Estávamos no meio da conversa quando a Dandara chegou e se juntou a nós.

Dandara: O que vocês dois estão fofocando em?

Dário: Eu estava falando aqui pra Kyra o quanto você é curiosa.

Todos rimos.

Dandara: Não acredita nesse velho Kyra, ele tá querendo colocar você contra mim.

Voltamos a rir.

Eu amo a energia da família do Dilan, não da pra ficar meio segundo sem rir de alguma coisa.

O seu Dário começou a falar que um dia o Dilan furou o pé no prego, e começou a gritar dizendo que iria morrer de tétano.

Eu nunca ri tanto na minha vida.

Nessa mesma hora o Dilan chegou.

que não era pro pai dele o expor.

conversa estava agradável e divertida, quando a Dandara ficou séria e olhou pra direção da porta de acesso a Recepção.

Quando eu olhei pra mesma direção, eu vi a Cris com lágrimas nos olhos, olhando pra nós.

Eu fiquei sem saber o que fazer, pois eu não queria que ela se sentisse mau por minha

A Dandara se levantou e foi atrás da Cris, e eu olhei pro Dilan, esperando que ele fizesse o mesmo, mas ele não fez.

seu Dário tentou me confortar, mas não era exatamente eu que precisava de conforto.

A tensão era quase palpável entre a gente.

O seu Dário se levantou quando os hóspedes começaram a chegar, e o Dilan pediu pra conversar comigo em outro lugar.

O que era inviável, pois não era comigo que ele precisava conversar.

Eu deixei claro o quanto essa situação ficou desconfortável pra mim.

É preciso ter respeito pelos sentimentos dos outros, e eu acabei de chegar. A Cris esteve aqui quando eu não estava, então eu não poderia ser egoísta.

Achei melhor eu não ter essa conversa com o Dilan agora. Não até ele se resolver definitivamente com a Cris, que parecia ser uma mulher maravilhosa.

ficou um pouco contrariado, afirmando que não havia mais nada pra resolver, mas é claro que tem.

eu disse que estava indo olhar a casa que era da minha mãe, ele pediu pra ir junto.

Parecia que ele não tinha escutado nada do que eu tinha acabado de falar, quanto mais perto a gente ficasse um do outro, mas a Cris iria se magoar.

daí ele disse que seria perigoso eu ir sozinha ver a casa, pois fazia muito tempo que ninguém ia lá, então eu decidi aceitar que ele fosse

sair da pousada sozinha, pois eu não queria que a Cris visse a gente saindo juntos, mas o meu coração ficou em pedaços quando passei pela recepção e vi a Cris chorando abraçada com a Dandara, ainda bem que ela não me viu, apenas a Dandara que fez um gesto com a mão mandando eu andar rápido, e com razão pois seria muito humilhante se ela soubesse que eu a vi dessa forma.

se não seria melhor eu me hospedar em outra pousada pra evitar constrangimentos.

Dilan chegou onde eu estava, compartilhei com ele essa possível solução, e mais uma vez ele falou que eu podia ficar na casa dele, e pela milésima vez eu

melhor o que fazer depois de ver a situação da minha

caminhonete dele, não sei porque, pois dava perfeitamente pra ir

o carro, e tivemos que pegar a pequena trilha que dava acesso a casa, mas ela estava coberta por galhos e plantas, e os galhos fizeram um pequeno corte no meu braço, mas nada que impedisse a gente

que chegamos na casa, eu vi que o mato estava enorme, e que eu teria muito trabalho pra

me lembro que eu ficava brincando na frente da casa quando voltávamos da

na varanda, e eu usei as chaves pra abrir a porta, mas eu não consegui, mas o Dilan me ajudou e conseguiu abrir nos dando acesso a parte interna

não consigo descrever em palavras a emoção que senti ao ver tudo

casa estava intacta, a poeira não conseguiu estragar quase nada, todos os móveis estavam lá ainda, as janelas estavam fechadas, mas talvez

fui caminhando por dentro da casa, me lembrando o quanto eu fui feliz ali.

queria ter descobrido que essa casa era minha antes. Eu teria evitado muitas noites sem dormir e muitas

o meu quarto, e eu não consegui impedir de ser tomada pelas lágrimas, os meus livros estavam lá, as minhas bonecas também, e eu perdi as contas das vezes que eu dormi ouvindo a minha mãe me contar histórias.