Amor com Meu Sugar Daddy romance Capítulo 1165

Murilo soltou o queixo dela e, percebendo que ela havia se calado, arqueou as sobrancelhas.

"Por que parou de falar?"

"Não tenho mais nada a dizer. Você afirma que não precisa de nada, consegue fazer tudo isso, obviamente também despreza a amizade. Servindo a essa organização, presumo que já tenha abandonado os laços familiares. Agora, não importa o que eu diga, não tem utilidade. Alguém que pode abandonar tudo é a existência mais invencível. Você nem mesmo teme a morte, então, com o que eu poderia te convencer?"

O tom dela era indiferente, e ela fechou os olhos.

Embora, para ela no momento, não houvesse diferença entre ter os olhos abertos ou fechados.

Murilo achou que ela era realmente interessante e sorriu de canto.

"Stella, não é à toa que o Pedro gosta de você."

"A pessoa que te mandou me capturar foi o Branco, certo? Ele se tornou o novo líder aqui?"

O sorriso de Murilo endureceu, e suas sobrancelhas se arquearam ainda mais.

"Como você adivinhou?"

"Eu não adivinhei, estava apenas te testando. Afinal, ainda não consegui descobrir os movimentos dele."

"Se arrepende de tê-lo libertado naquela vez? Naquela ocasião na América do Norte, Pedro realmente se esforçou muito."

Naquela vez na América do Norte, Stella não sabia como Pedro havia planejado, mas de fato haviam capturado Branco.

"Não me arrependo. Se não tivesse deixado ele ir naquela vez, agora, enfrentando-o, ainda estaria lembrando da dívida que tenho com ele, e não conseguiria odiá-lo livremente."

"Mas, se fosse para fazer de novo, sabendo que ele acabaria assim, talvez eu hesitasse."

Porque muitas pessoas estavam envolvidas, e muitos inocentes morreram injustamente.

Ela não podia suportar o peso dessas vidas.

"Stella, cuide-se."

Murilo deixou essas palavras e saiu.

Stella, com os olhos ainda cobertos, não tinha ideia do ambiente ao seu redor.

Ela se levantou e, com as mãos amarradas atrás das costas, só podia usar os ombros para sentir o que estava ao redor.

O quarto estava vazio, sem nada além do lugar onde ela estava sentada, cercada apenas por paredes.

A porta de ferro estava trancada com segurança, e ela não tinha como abri-la.

Com os olhos vendados, era ainda mais impossível saber a direção das janelas.

"Querido, está pronto? Se realmente não conseguir fazer isso, eu posso cuidar por você. Eu nunca hesito nessas situações."

"Não é necessário, quero fazer isso pessoalmente."

Sua voz era tranquila, e ele se virou para descer as escadas.

Murilo ainda estava parado no meio do pátio, vendo-o se aproximar e, então, os dois se cruzaram.

Sílvia também o seguiu de perto e virou-se para perguntar a Murilo.

"Murilo, não vai dar uma olhada? Você sempre gostou desse tipo de agitação."

Quando ela falou, ambos se olharam.

Sílvia acendeu um cigarro, soprou lentamente um anel de fumaça e seu olhar tornou-se distante.

"Murilo, já se passaram dez anos."

Murilo não disse nada, apenas olhou silenciosamente para um ponto no pátio.

Sílvia riu levemente e caminhou para fora com passos largos.