Amor com Meu Sugar Daddy romance Capítulo 518

Dois horas após o incidente, os corredores estavam repletos de membros da família Júlia. Se não fosse por Pedro assumindo o controle naquela sala de hospital, Stella certamente teria sido sufocada pela saliva de cada um deles.

Pedro sentou-se e, pegando um cotonete ao lado, umedeceu os lábios de Stella com água.

"Stella não é do tipo que busca problemas por conta própria."

Sua voz era tranquila.

Murilo arqueou as sobrancelhas, seu olhar caindo sobre Stella, que jazia na cama.

Ele ainda não conseguia discernir se os sentimentos de Pedro por Stella eram genuínos ou não.

Sentimentos verdadeiros são voláteis; por quanto tempo Pedro permaneceria ao lado de Stella?

Ele baixou a cabeça, incapaz de resistir a acender o cigarro entre seus dedos, apenas para ouvir Pedro dizer: "Se quer fumar, vá para fora. Isso aqui é um hospital."

Com o rosto embaraçado, Murilo levantou-se rapidamente. "Tudo bem, tudo bem, não vou incomodar a sua querida."

Com passos largos, ele saiu.

O ambiente no corredor estava tranquilo, com as pessoas da família Júlia todas esperando, seja em pé ou sentadas.

Ao ver Murilo sair, eles apenas acenaram com a cabeça.

Murilo guardou seu cigarro e jogou-o no lixo, dando um tapa reconfortante no ombro de Samuel.

"Vai ficar tudo bem."

Logo após suas palavras, a porta do quarto de Stella se abriu e Pedro saiu.

Ao vê-lo, Samuel se enrijeceu, agarrando a gola de Pedro com raiva.

Era a primeira vez, em muitos anos de conhecimento, que eles se confrontavam tão diretamente.

"Se algo acontecer com Sonia, não vou perdoar Stella."

A gola da camisa de Pedro foi amassada com o gesto.

Ele levantou os olhos para Samuel, cujos olhos estavam vermelhos de raiva, empurrando-o contra a parede.

"Pedro, não acredito que você vai abandonar anos de amizade por causa de uma mulher."

Murilo, assustado, rapidamente se colocou entre eles.

"Ei, ei, ei, podemos conversar sobre isso, Sonia vai ficar bem, assim como Stella. Somos todos irmãos, não precisamos chegar a isso."

"Quem disse que somos irmãos?!"

As mãos de Samuel, agarrando a gola, começaram a tremer. Por que ele não se esquivou?

A tensão entre os dois, quase palpável, ameaçava incendiar o ambiente.

Os olhos de Samuel estavam vermelhos como os de uma fera selvagem, e ele, de repente, não sabia o que dizer.

No silêncio, a porta da sala de emergência se abriu, e o médico removeu sua máscara.

"A Sra. Júlia está fora de perigo, mas vai precisar prestar mais atenção à sua saúde daqui para frente. Ela já tem uma constituição frágil e, tendo pegado frio desta vez, precisará de mais cuidados."

Samuel respirou aliviado, soltou Pedro e foi direto em direção a Sonia.

Sonia foi levada para um quarto no fim do corredor, e a família Júlia não podia ficar ali por muito tempo.

Quem poderia imaginar que Pedro receberia um soco? Uma história dessas, ninguém acreditaria se contasse.

Logo, restaram apenas Pedro e Murilo no local.

Pedro levantou a mão, esfregou levemente a bochecha com a ponta dos dedos e franziu a testa.

Murilo sentia-se frustrado, a ponto de sua garganta começar a coçar de irritação.

"Você não se esquivou, eu vejo, foi para acalmar também o patriarca da família Júlia, não é? Stella causou a queda de Sonia na água, mesmo que não tenha sido sua culpa, foi um incidente que começou por causa dela. Agora, com Samuel tendo te golpeado, se a família Júlia ainda procurar problemas publicamente, seria mostrar que são mesquinhos. Afinal, Sonia não está mais em perigo de vida. Comerciantes são mesmo calculistas."