Amor com Meu Sugar Daddy romance Capítulo 684

Tomás apertou os lábios, contendo o sorriso que se formava no fundo dos olhos, "Sim, eu vou contar à Sra. Stella imediatamente."

Pedro retornou à sua cadeira, seus cílios longos e densos baixaram, cobrindo seus olhos tão escuros quanto tinta, revelando um vislumbre quase imperceptível de ressentimento.

Stella ainda estava esperando Alana terminar o trabalho, e ao ver que Alana havia parado no meio, enquanto o maquiador estava fazendo retoques, ela colocou sua bolsa na mesa e foi ajudar.

Os olhos de Alana estavam visivelmente inchados, e ao ver seu reflexo no espelho, Stella suspirou.

"Você chorou?"

Por coincidência, hoje havia uma cena de choro, então isso não atrapalhou o progresso.

A voz de Alana estava tão fraca que ela mal podia falar, fazendo um gesto lastimável em direção à sua garganta.

Então, Stella saiu para buscar um copo de água morna.

Com o maquiador presente, Stella não disse muito, apenas comentou, "Até quando você planeja chorar por ele? Vai continuar assim para sempre?"

Basta mencionar o nome daquela pessoa, ver seu rosto, que as lágrimas começam a cair?

Esse tipo de amor, que só leva ao desespero, qual é o seu sentido?

Para Alana, Samuel Miguel representava desapontamento, vergonha e um vazio que nunca poderia ser preenchido.

Houve um tempo em que, contanto que Samuel a amasse, ela estava disposta a quebrar todo o seu orgulho.

Mas, e agora?

Não demoraria muito para retocar a maquiagem, e o maquiador, percebendo que elas precisavam conversar, saiu discretamente.

Assim que a porta se fechou, Stella suspirou.

"Estou preocupada que você faça alguma bobagem."

Desde pequena, as pessoas ao seu redor sempre estavam partindo, parecia que apenas Alana havia permanecido desde o passado até agora. Às vezes, Stella até se perguntava se ela estava destinada a ser uma estrela solitária.

Alana esfregou os olhos, sua voz rouca e cheia de dor.

"Ontem à noite, recebi o convite deles, eles vão se casar em três dias."

Um brilho cortante atravessou os olhos de Stella. Sonia Júlia, sem dúvida, não perdeu essa oportunidade.

"Stella, eu... estou planejando me vingar deles."

Depois de beber um gole de água, a voz de Alana ficou mais clara, seus olhos transbordando de uma tempestade iminente.

Stella franziu a testa; ela sabia que Alana não tinha forças diante de Samuel. Como ela se vingaria?

Com seus olhos inchados e corpo frágil?

"Stella, você já fez o suficiente. A família Júlia caiu, não se preocupe mais com Sonia, eu vou lidar com ela pessoalmente."

As mãos de Alana apertavam o copo firmemente, frieza em seus olhos.

A sinceridade jogada ao chão e pisoteada até a insensibilidade, talvez a falsidade fosse elevada aos céus.

O jovem que outrora se mantinha altivo, agora parecia menos do que um trabalhador comum.

Stella abriu a boca, mas não sabia o que dizer.

Liam apertou os lábios, seus olhos se enchendo de lágrimas enquanto lutava para recolher suas coisas.

Stella rapidamente percebeu que o jovem senhor ainda possuía orgulho próprio, evitando trabalhar em locais de prestígio por receio de ser reconhecido por seus amigos de má influência. Assim, ele optou por trabalhar como figurante em pequenas produções.

No entanto, esses trabalhos eram extremamente concorridos, e se encontrava com algumas pessoas de temperamento difícil, brigas desarmadas logo começavam.

Liam, acostumado a uma vida de facilidades, jamais imaginaria que um trabalho que pagasse alguns milhares de reais exigiria que as pessoas arriscassem suas vidas.

Nesses becos degradados, a dignidade era o bem mais barato.

Stella não era do tipo que chutava quem já estava caído. Embora realmente detestasse Liam, ele era a pessoa com quem ela involuntariamente se deparou devido à sua própria inquietação.

"Quanto você precisa para a indenização?"

Depois de montar todas as peças, ela perguntou com um tom sereno.

Os olhos de Liam se estreitaram, sentindo-se humilhado e desconfortável, "Você está me insultando?"

Stella achou isso engraçado, "Liam, você acha isso um insulto? Esse pequeno dano não é nada comparado ao que você me fez. Se fosse eu, diante de problemas relacionados à subsistência, não me importaria com minha própria dignidade."

Mesmo que alguém jogasse dinheiro em seu rosto, ela o pegaria calmamente para comprar dois pães para comer.

Afinal, era assim que ela fazia quando estava na Instituição de Acolhimento, nada era mais importante do que saciar a fome.