Naquele dia...
Depois que matei os forasteiros, senti alguém apontando sua adaga para mim, o que me fez virar e olhar para a pessoa. Mas, antes que eu pudesse ver quem estava ali, ouvi a voz dele.
“Finalmente, consegui encontrar você, minha ômega.” Ouvi uma voz grave e rouca, e deixei escapar um grito de surpresa antes de me virar e abraçar Mark, que correspondeu imediatamente.
“Não se atreva a pensar que a deixarei escapar assim só porque me abraçou! Como assim, Alexis? Como pôde fazer isso comigo depois de todo o meu esforço para garantir que você vivesse em paz? Por que nunca me disse que fora tratada tão mal?”, ele disse antes de olhar para mim desapontado. Então ele continuou:
“E o mais importante, por que não me ligou quando seu parceiro a traiu e você o rejeitou? Quem lhe mandou fugir assim? Por que não me ligou quando estava na selva treinando ser forasteira? Nã lhe disse para abrir essa caixa quando precisasse alguém? Você nem deve ter olhado, com certeza. Como pôde fazer isso? Tem ideia do quanto eu tentei encontrar você? Até passei suas informações para todas as matilhas e pedi a eles que a encontrassem. Tem ideia do quão perigoso…”
Ouvindo ele tagarelar assim, me senti em casa. Ele era o único cara que, nos últimos quatro anos, acreditou em mim e me tratou como uma pessoa normal, não como uma deficiente. Sentindo meus olhos lacrimejarem com sua atitude carinhosa, o abracei com força.
"Eu estava assustada e com medo de que você me odiasse. E porque não odiaria? Afinal, eu rejeitei meu parceiro mesmo quando era apenas uma lanterna. Achei que o conselho não se importaria mais comigo e não queria ser abandonada por vocês também. Por isso, pensei que deveria cair fora antes que eu fosse abandonada novamente por causa da minha situação e condição”, eu disse antes de me virar, não querendo encará-lo.
“Alexis? É sério?”, Mark disse antes de me virar com força, me fazendo olhar em seus olhos.
“Acha que estava procurando por você desesperadamente porque meu pai mandou? Eu me importo com você, caramba! Não conseguiu ver? Além disso, sabíamos que você iria rejeitar seu parceiro. No ano passado, no aniversário dele, já sabíamos que ele era seu parceiri. Se não percebeu, só depois do ano passado passei q visitá-lo com mais frequência, em comparação com os últimos três anos”, Mark disse, deixando meus olhos arregalados.
“Então você sabia a verdade o tempo todo? Por que não me contou sobre isso?”, sussurrei para ele, querendo culpá-lo mais por meus problemas.
Mas, no fundo, eu já sabia qual seria a resposta.
Claro, não poderiam me dizer. O propósito de toda a minha vida dependia de encontrar a porra do meu companheiro e amá-lo infinitamente.
“Não contamos porque sabíamos que você não suportaria a rejeição, com apenas 17 anos, porque você não tinha o poder nem o apoio de seu lobo, que você tem agora.”
“Meu lobo?”, eu perguntei, já suas palavras captaram minha atenção.
"Não achava que não tinha um lobo, achava?"
"Então, eu tenho um lobo?"
“Saberá quando chegar a hora certa.”
“Agora, vamos voltar para a mansão do conselho. Cuidarei de você até que decida o que precisará fazer", Mark disse, o que me fez revirar os olhos.
Agora que saí daquela matilha infeliz, acha que vou arriscar minha liberdade só para que ele possa cuidar de mim? Claro que não.
“Não vou com você.”
"Como assim não virá?"
Então expliquei minha decisão: “Digo, preciso fazer a matrícula na faculdade dos humanos e seguir com minha graduação. Quero viver minha vida como uma pessoa normal, não uma lobisomem que não vira lobo. Vou viver entre os humanos, porque serei tratada como um deles, não como uma vergonha para a sociedade. Além disso, preciso estar onde apreciam minha beleza. Se os lobisomens não gostam de mim, e daí? Há sempre a chance de encontrar amor na troca com outras espécies. Não é como se fôssemos a única espécie no mundo.”



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