Amor Iniciado pela Intriga romance Capítulo 145

As pupilas de Leonardo se encolheram, e a mão que segurava Camila se apertou com mais força.

Carlos esfregou o queixo e disse:

- Não saiu sangue negro, não pareceu ser uma cobra venenosa, mas não é certo. Leo, apresse-se e leve-a de volta, chame um médico para injetar o soro.

Sem dizer uma palavra, Leonardo pegou Camila e voou em direção ao teleférico.

Só depois de ver o teleférico desaparecer gradualmente nas nuvens, Priscila e os outros encontraram um lugar para se sentarem e esperarem que o teleférico voltasse.

- Minha bebezinha, como foi que você encontrou a cobra? - André perguntou enquanto entregava uma garrafa de água a Priscila.

Priscila pegou-a e apenas a segurou na mão, sem abrir a sua tampa, sacudindo a cabeça ao responder:

- Eu não sei.

Ela não tinha previsto a aparição da cobra de forma alguma.

Antes de Camila ser mordida, ela nem sabia o que estava acontecendo.

- É melhor para mim contar isso. - Maristela levantou sua mão.

Os outros olharam para ela.

Ela falou lentamente:

- Foi assim... Eu também estava prestes a ir para o riacho para lavar meu rosto, depois vi uma cobra pendurada no galho atrás da Srta. Priscila. Aquela cobra não tinha intenção de atacar ninguém, foi Camila que de repente se levantou e gritou para Srta. Priscila, assustando a cobra, e só então a cobra se atirou em direção a ela.

- Então você quer dizer que a cobra na verdade pretendia morder Priscila? - a boca do Rafael se abriu de surpresa.

Maristela acenou:

- Exatamente, fui eu quem abri a boca e disse a Srta. Priscila para se agachar, por isso aquela cobra pousou em Camila que estava do outro lado e a mordeu.

- Isso é bastante dramático. - Carlos riu.

Foi só então que Priscila também entendeu o que tinha acontecido e tomou a mão de Maristela, agradecida:

- Maris, obrigada.

Se Maristela não a tivesse pedido de repente para se agachar...

Talvez tivesse sido ela quem tivesse sido mordida.

- Não precisa me agradecer, é também porque você confia em mim sem reservas, Srta. Priscila, caso contrário teria sido inútil mesmo que eu tivesse gritado. - Maristela riu.

- Eu realmente não esperava que tivessem cobras nesta montanha, e tive tanta sorte de tê-las encontrado. - Priscila disse com um sorriso amargo.

Embora ela já tivesse se acalmado, ela ainda não podia deixar de se sentir um pouco assustada ao pensar naquela cobra.

André colocou suas mãos atrás da cabeça e disse:

- Falando nisso, ainda é culpa daquela Camila, se ela não se tivesse levantado de repente e assustado a cobra, a cobra não teria atacado a nossa bebê. Mas felizmente foi a própria Camila que foi mordida no final, então me sinto muito melhor.

- Por falar nisso, sinto que Camila assustou a cobra de propósito. - Maristela esfregou o queixo e disse de repente.

Várias pessoas ficaram chocadas com suas palavras.

- Maristela, você disse que Camila assustou a cobra intencionalmente? - André encarou Maristela.

- Não brinque! Sério? - Rafael abriu sua boca.

Carlos o tomou pelos ombros:

- Por que não seria? Não se esqueça do que Camila fez com Priscila antes, o que mais ela não poderia fazer?

Rafael ficou sem palavras e olhou para Priscila.

Priscila enrugou suas lindas sobrancelhas, sem saber no que estava pensando.

Maristela acenou de volta:

- É verdade, suspeito que ela fez de propósito, porque eu a vi sorrir quando aquela cobra voou em direção a Srta. Priscila, e ela não ficou nada surpresa com a aparição da cobra, então acho muito provável que ela tenha visto a cobra há muito tempo, depois se levantou bruscamente de propósito e gritou em voz alta para parar a Srta. Priscila.

- Se esse é o caso, então ela realmente merecia ser mordida. - o canto da boca de Carlos transparecia um escárnio.

- Deve ser verdade. - André deu uma tapa em sua perna com raiva, seu rosto ficando frio. - Eu sabia que ela não ia desistir de mexer com a minha bebê e que ainda aprontaria alguma coisa, mas a sua rapidez em agir me pegou de surpresa.

- Esta mulher, realmente é a pior que eu já vi. - Maristela bufou.

Ela simplesmente não conseguia entender. A princípio, a Srta. Priscila e o Sr. Leonardo se casaram, e isso fez com que Camila se sentisse mal, sim. Mas agora que eles se divorciaram e o Sr. Leonardo estava decidido a amar Camila, era necessário que Camila continuasse intimidando a Srta. Priscila?

- Pirralho. - Carlos olhou para Rafael. - Veja o que aconteceu hoje, você tem que ter cuidado no futuro, não ofenda aquela Camila, ou então ela também irá aprontar para cima de você.

- Eu... Eu sei. - Rafael assentiu.

Ele sabia que Camila era má, mas nunca havia visto o lado ruim de Camila com seus próprios olhos, por isso ele ainda estava tranquilo e não tinha medo de Camila.

Mas agora que finalmente o tinha visto, ele tinha que admitir que estava chocado.

- Não, este assunto não pode acabar assim, Camila deve receber uma lição. - André apertou seu punho e disse com raiva.

Priscila apertou os lábios vermelhos:

- Como você vai lhe dar uma lição? Não tem nenhuma prova de que ela tenha feito isso de propósito, temos apenas a Maris como testemunha, e como a Maris está do nosso lado, Camila e os outros podem dizer completamente que mandamos a Maris acusá-la propositalmente.

- O que Priscila disse é verdade. - Carlos também acenou. - Como não foi Camila quem colocou as mãos diretamente em Priscila, não há realmente nada que possa ser feito com ela.

André ainda estava relutante:

- Então vamos simplesmente deixar quieto?

Priscila estreitou os olhos:

- Claro que não, já que ela pode fazer maldade sem deixar provas, então nós também podemos.

- Bebê, como você planeja fazer isso? - os olhos de André se iluminaram.

Priscila gesticulou o dedo para que eles se aproximassem, e eles se inclinaram para perto.

Priscila estava prestes a falar quando André de repente falou:

- Espere.

- O que foi? - Priscila olhou para ele.

André empurrou Rafael para longe, dizendo:

- Bebê, este garoto é irmão de Leonardo, ele está do lado deles, você não pode deixá-lo ouvir.

- Quem disse que eu sou do lado deles, eu não sou! - Rafael gritou de volta.

André cruzou os braços:

- Você não é o irmão mais novo de Leonardo? Por que você não estaria?

- Só porque sou irmão dele não significa que estou do lado dele. A menos que ele termine com Camila, senão eu não vou ficar do lado dele. - Rafael grunhiu.

André levantou as sobrancelhas:

- Você está falando sério?

- Claro! - Rafael acenou com a cabeça sem hesitar.

André fez biquinho:

- Mesmo que seja sério, eu também não vou deixar você ouvir.

- Você... - Rafael estava tão bravo que queria bater em alguém.

Vendo os dois brigarem, Priscila só sentia dor de cabeça:

- Ok, Andrézinho, quantos anos ele tem e quantos anos você tem? Por que você ainda está discutindo com uma criança? Deixe-o ouvir se ele quiser.

- Mas bebê, e se ele contar a Leonardo e Camila? - André estava preocupado.

Priscila olhou para Rafael, seus olhos estavam severos ao perguntar:

- Você faria isso?

Rafael balançou a cabeça repetidamente:

- Eu não vou, eu juro! - ele ergueu dois dedos em juramento.

Priscila acenou com a cabeça:

- Então está bem.

Vendo que ela já havia decidido, André encolheu os ombros e não protestou mais, mas apenas deu um olhar de aviso a Rafael:

- Garoto, é melhor você não dizer nada, ou não me culpe por ser rude.

- Você não terá essa chance. - Rafael sorriu orgulhoso.

André rolou seus olhos:

- Esperemos que sim.

Logo, Priscila contou a eles seu plano.

Depois de ouvi-lo, eles riram maliciosamente.

- Essa é uma boa ideia. - André deu um polegar para cima.

Maristela acenou com a cabeça:

- Verdade, é emocionante só de pensar nisso.

- Eu não esperava que você realmente pudesse fazer algo assim. - Carlos olhou para Priscila com um sorriso irônico.

- Não tem outro jeito, é preciso usar meios específicos em momentos específicos, não é? - Priscila ajeitou seu cabelo, revelando seu longo e esbelto pescoço de cisne.

Carlos olhou para a curva de seu pescoço bonito e gracioso, seus olhos pararam por um momento, mas rapidamente retornaram ao normal.

- Priscila, a tarefa de atraí-la para fora, deixe comigo. - Rafael se levantou de repente a sua mão.

Priscila olhou para ele:

- Claro que preciso deixar isso com você, e só podia ser você. Por causa de sua relação com eles, ir ao primeiro andar é o menos suspeito para eles.

- Entendido! - ao ouvir Priscila dando uma tarefa a si mesmo, Rafael sorriu todo feliz.