Amor Iniciado pela Intriga romance Capítulo 485

Não havia nada no CD. Sem rótulo, sem foto.

Portanto, Priscila não tinha idéia do que o CD lhe mostraria.

Mas ela não desistiu e levou o CD de volta para seu estúdio. Depois de inserir o CD no driver do CD, o que aparecia na tela era uma pasta.

Priscila clicou sobre a pasta e descobriu que havia um vídeo nela.

Ela abriu o vídeo e o rosto de uma mulher apareceu na tela. A mulher era jovem, mas o rosto parecia bastante velho e doente.

Com os olhos fixos no rosto, Priscila cobriu a boca com a mão em espanto. Então ela disse com uma voz trêmula:

- Mãe...

A mulher era a esposa de Ramiro Gusmão, Lina.

Ela morreu quando Priscila tinha cinco anos de idade.

Priscila chegou para tocar o rosto na tela.

Ela sabia que nunca mais poderia tocar no rosto, mas estava relutante em pegar sua mão de volta. Ela colocou a mão sobre a tela como se estivesse tocando o rosto e os olhos de sua mãe.

A mulher estava em uma enfermaria, usando um uniforme de paciente listrado azul e branco. E sua cabeça foi descoberta. Nem um único fio de cabelo era visível em sua cabeça.

Até então, Priscila sabia que sua mãe tinha sido diagnosticada com câncer, e Priscila tinha então cinco anos de idade.

Com sua mãe viva na tela novamente, Priscila começou a soluçar.

Vinte e um anos haviam passado.

Ela sentia falta de sua mãe há 21 anos. Agora sua mãe estava viva novamente na sua frente.

- Sinto tanto a sua falta, mamãe... - Priscila soluçou, sua mão apertando o mouse com força.

Sua mãe sorriu calorosamente como se ela soubesse o que Priscila disse:

- Priscila, sou eu, mamãe. Talvez eu já tenha ido embora quando você encontrar este vídeo. Mas quero lhe dizer que estou sempre com você. Estarei de olho em você lá de cima.

- Mãe... - Pelas palavras de sua mãe, Priscila irrompeu em lágrimas com as mãos cobrindo seu rosto.

Lina continuou com uma voz mais fraca depois que tossiu e seu rosto ficou mais pálido:

- Quero pedir seu perdão, Priscila. Seu pai e eu o impedimos de conhecer sua verdadeira identidade. Espero que você possa nos perdoar.

Priscila levantou a cabeça e mordeu os lábios. Ela olhou para o vídeo, seus olhos se afogando em lágrimas. Ela não disse nada.

Lina tossiu e depois uma mão entrou no vídeo com um copo de água na mão.

Era a mão de um homem com uma mordaça preta no polegar.

Foi a mão do pai dela!

Seu pai também estava no vídeo!

Priscila ficou ainda mais entusiasmada.

Talvez ela também pudesse ver o rosto de seu pai neste vídeo.

Acima disso, ela ouviu a voz suave de um homem, que soava bastante quente e ao mesmo tempo triste:

- Dê um pouco de água, querida.

Foi o papai!

Priscila estremeceu de emoção.

No vídeo, Lina sorri para o homem:

Lina continuou como se conhecesse os pensamentos de Priscila:

- O nome de nossa primeira filha era Iris. Você é nossa segunda filha. Você não é o substituto de Iris. Não lhe dissemos porque temíamos que você fosse muito jovem para entender nosso relacionamento. Mas agora você está crescendo e pensamos que vai entender.

Priscila acenou com a cabeça enquanto soluçava.

Lina continuou:

- Priscila, mamãe e papai esperam que você não se afunde no luto depois de aprender a verdade. Não estamos presos pelo sangue, mas amamos todos vocês da mesma forma. Você é nossa própria filha.

- Sim. - Ramiro Priscila apareceu de repente no vídeo.

Ele parecia muito mais jovem do que era há seis anos, quando Priscila o viu pela última vez. Priscila sentiu o nariz azedo e as lágrimas voltaram a subir bem nos olhos.

- Priscila, nós te amamos. Não queremos que você fique triste depois de aprender a verdade. Para nós, você é nossa filha, assim como Iris. E eu também quero pedir seu perdão. Espero que você possa me perdoar no futuro. Mas eu nunca me arrependo de ter feito isso. Talvez um dia você compreenda que cresceria uma menina má se fosse criada - disse Ramiro, algo que Priscila lutou para compreender.

Priscila estreitou os olhos e uma sensação de dúvida piscou em seus olhos.

O que ele quis dizer com - crescer uma garota má - e a quem ele se referia?

Antes que Priscila soubesse, Ramiro e Lina a cumprimentaram.

- Agora está na hora de outro teste, Priscila. O papai me levará para fazer o teste. Assim, o vídeo pode terminar aqui. Adeus!

- Tchau, Priscila. Eu te amo. - Lina lhe deu um beijo e depois o vídeo terminou.

As lágrimas lhe escorregaram pelas faces e ela soluçou:

- Diga adeus mãe, adeus pai. Eu também te amo.

Ela sabia que seus pais fariam este vídeo não só para dizer-lhe para não pensar muito, mas também para dizer adeus a ela.