Daiane parou os passos e olhou para Zenobia com seriedade. “Zenobia, todos esses costumes sempre foram carregados de profundas bênçãos para a noiva, na esperança de que ela viva feliz e em paz depois disso. Aos olhos meus e da tia, você é nosso tesouro mais precioso. Sendo alguém tão valiosa assim, pouco nos importa se este é seu segundo ou terceiro casamento, só desejamos sua felicidade e tranquilidade.”
Após receber essa lição, Zenobia apenas pôde dar de ombros com resignação e, com o rosto abatido, assentiu. “Está bem, eu entendi, senhora.”
Logo após dizer isso, uma ideia surgiu repentinamente em sua mente, dissipando o clima sombrio de antes. “Senhora! Que tal me acompanhar para jantar na casa da família Paixão? O cozinheiro da família Paixão faz uma costelinha agridoce maravilhosa!”
Inicialmente, Daiane não estava muito disposta a ir, afinal, não tinha intimidade com eles. Embora ela e Zenobia fossem primas, não havia relação próxima com a família Paixão, na qual Zenobia havia se casado.
No entanto, Daiane não queria estragar o entusiasmo de Zenobia. Após ponderar por dois segundos, aceitou com alegria.
Porém, sua concordância veio com uma condição.
“Zenobia, depois do jantar, você não pode insistir para que eu passe a noite na casa do seu marido.”
Zenobia protestou, contrariada. “Por quê? Quer dizer que minha prima voltou e eu não posso nem pedir para ela dormir uma noite comigo?”
Vendo o semblante de Zenobia tão sentido, Daiane não pôde deixar de suspirar. “Você é mesmo distraída. Faço isso pensando em você. Para a família Paixão, eu sou apenas uma estranha. Se eu ficar lá, por mais pouco que seja, certamente muitos da família se sentirão desconfortáveis, e esse incômodo recairá todo sobre você.”
Zenobia abriu a boca, querendo dizer que Gildo não se importaria.
Porém, ao refletir, percebeu que não podia afirmar isso com certeza. Ela apenas supunha que Gildo não se incomodaria, mas e se ele se incomodasse?
Afinal, ela realmente não conhecia Gildo tão bem assim.

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