Amor Morto, Casamento Absurdo romance Capítulo 156

No estacionamento subterrâneo do hotel.

Depois de estacionar o carro, Gildo ajudou Zenobia a soltar o cinto de segurança.

Ao se inclinar para frente, Zenobia sentiu nitidamente aquele aroma amadeirado e fresco vindo dele.

Ela se lembrou de que, no aniversário de Gildo, a pedido de Filomena, havia presenteado Gildo com um frasco de perfume.

Mas, depois daquele dia, parecia que nunca mais o vira usando.

“No seu aniversário, aquele perfume que te dei, nunca mais vi você usando.”

Zenobia fez uma pausa, percebendo que sua fala poderia soar como se estivesse cobrando algo dele.

Ela se apressou em explicar: “Foi uma lembrança de coração, não quis te obrigar a usar, ainda mais porque esse perfume que você usa agora tem um cheiro ainda melhor.”

Gildo se lembrou de quando precisou chamar o médico às pressas naquele dia; não era por não querer usar, mas por não ousar.

Por que não ousava?

Temia que Zenobia descobrisse sua alergia àquele perfume.

Depois de soltar o cinto de Zenobia, Gildo falou devagar: “O perfume que você me deu é o melhor de todos, só não tenho costume de usar perfume, não usei nenhum outro.”

Enquanto dizia isso, sua expressão era sincera.

Olhando para aquele rosto bonito tão próximo, Zenobia ficou por um instante atônita e surpresa: “Você não usou perfume?”

Então, por que ela sempre sentia aquele aroma amadeirado?

Gildo assentiu com a cabeça: “Não, não usei perfume, mas daqui para frente vou usar, o que você me deu.”

Zenobia ainda se perguntava de onde vinha aquele cheiro, sem perceber o que Gildo acabava de dizer.

Quando voltou a si, Gildo já alisava as dobras do vestido dela, marcadas pelo cinto de segurança.

Com as pálpebras baixas, era possível ver claramente seus cílios, longos e espessos.

Zenobia pensou: como um homem podia ter cílios tão longos e cheios?

Realmente bonito.

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