Nos olhos de Gildo, nuvens escuras pareciam se agitar. “Ela é minha esposa. Se eu não proteger ela, vou proteger quem?”
Luana, percebendo que não conseguiria argumentar com Gildo, bateu o pé e saiu correndo.
Antes de sair para ir atrás dela, Sra. Paixão disse algumas palavras para amenizar a situação: “Ai, Gildo, veja só essa menina. Já está tão crescida e ainda não tem juízo, só fala besteira e ainda sai brava desse jeito. Que falta de maturidade! E aquela Halina, também, é muito emocional. Vou procurar as duas!”
Gildo se recompôs, mantendo a expressão fria. “Tia, Luana realmente não tem maturidade. No futuro, a senhora deve orientá-la melhor.”
As pessoas que estavam no salão de convidados saíram atrás delas.
Por um momento, só restaram Zenobia e Gildo no local.
De repente, Zenobia sentiu que talvez sua presença naquele dia não estivesse sendo bem-vinda.
Ela se lembrou do momento em que Gildo atendeu a ligação de Rosana. Só então compreendeu por que o rosto de Gildo mostrava certo constrangimento.
Seria por causa de Halina?
Zenobia sentiu uma pontada de amargura no coração e comentou com suavidade: “Gildo, aqui perto do litoral, Sra. Nunes está bastante abalada. Não seria melhor você ir falar com ela para acalmá-la?”
Naquele dia, era o casamento de Luana. Qualquer escândalo seria inapropriado.
Gildo franziu a testa e olhou para Zenobia. “Halina é convidada do meu tio, não minha. Se ela está abalada, quem deve confortá-la é a família do meu tio, não eu.”
Zenobia permaneceu em silêncio, sem responder.
Após algum tempo, Gildo falou com gravidade: “Zenobia, eu sou seu marido. Como pode sugerir tão facilmente que eu vá consolar outra mulher?”
A pálpebra de Zenobia tremeu, e ela respondeu honestamente: “Depende da situação. Sra. Nunes provavelmente ficou abalada por sua causa. Hoje é o casamento da nossa prima. Só não quero que aconteça nada desagradável.”
Gildo manteve o cenho franzido e questionou de novo: “Você realmente quer que eu vá confortá-la?”
Zenobia ficou paralisada, sem conseguir responder.
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